19/01/2013

Capítulo 5 - Parte 3

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No capítulo anterior:

- Não, moça, espere! – ele gritou, como se quisesse me dizer algo. – Antes da entrada da biblioteca nós temos...
Antes que ele pudesse concluir sua fala, duas gárgulas de tamanho médio, postas uma ao lado esquerdo e outra ao direito, abaixaram-se e começaram a soltar fogo.
A chama aproximou-se de mim rapidamente, e eu já sentia um calor passar por mim. 

Capítulo 5 -  Quase sou queimada - Parte 2 
Mas ao invés de morrer, duas mãos firmes me puxaram pela cintura.
- Deve tomar mais cuidado! - ele disse, seus olhos brilhavam intensamente para mim.
- Hum... - eu pestanejei, sentindo minha garganta seca. - Obrigada.
- Não há de que. - ele me respondeu.
Eu pude analisá-lo melhor enquanto ele se afastava. Ele parecia misterioso...
Eu sou fã de mistério.
Não gosto das coisas mais óbvias, e ele me parecia justamente o tipo de pessoa a qual a palavra "óbvio" não combinava.
- Acho que daqui para a frente não precisará mais de mim. - disse o monitor sorridente atrás de mim.
- Ah, ok! - eu disse, ainda encarando o garoto misterioso. - Só me responda uma pergunta.
Ele exibiu um belo sorriso e disse:
- Tudo o que precisar!
- Por que as gárgulas de fogo? - eu disse, entortando os lábios enquanto pronunciava aquelas palavras.
- É um teste. - ele respondeu. - A nossa escola está cheia de desafios e surpresas. Algumas bobas, como as  gárgulas, e outras mais complexas, mas cada uma delas será fundamental para a sua estadia aqui.
Após dizer isso, ele saiu.
Eu ficara um pouco mais confusa.
Ele não respondera exatamente à minha pergunta.
Eu ainda não entendia como gárgulas que quase me mataram poderiam ajudar em algum tipo de desafio, mas espero logo poder descobrir.
A biblioteca era realmente impressionante. Eu juro que estava tentando me acostumar com o fato de aquela escola ser enorme e surpreendente, mas simplesmente não conseguia.
Pelo menos não agora.
Várias pessoas andavam por ali.
Eu me perguntava como que a escola poderia ser tão grande, se contava apenas com 1000 pessoas (1200 agora com os quartos individuais).
Claro que nós moraríamos ali, mas tudo parecia tão maravilhoso e fantástico para a inha mente.
- Parece perdida! - sussurrou em meu ouvido uma voz que eu conhecia.
Era o garoto misterioso novamente.
- Olá! Meu nome é Samuel Tyler, e você...?
- Natalie! - respondi, na dúvida se era bom ou não dizer meu nome para um estranho... mas estando eu em uma escola, não via problema algum, afinal, ali eu estava sob proteção.
- Um belo nome! - ele respondeu, com um sorriso no canto dos lábios. - Seu primeiro ano aqui, presumo.
- Correto. - respondi, displicente.
- Você adorará esse lugar... Aproveite bem o mês, enquanto você pode.
- O que quis dizer com isso?
- É que você terá um mês para se adaptar à escola. Depois das férias começa o trabalho pesado.
- Trabalho pesado? Não gosto disso.
- Você terá três anos para desenvolver seus poderes e aprender a controlá-los.
- Ainda não disseram o que sou...
- Como assim? - ele perguntou, entortando o lábio.
- Bem, eu sei que não sou humana comum... obviamente. Mas ainda não me disseram o que sou. Vampira, bruxa, fada, ou o que?
- Vampiros nós realmente não somos. - respondeu ele, com um sorriso nos lábios. - Eu diria que não sou uma fada, certamente. Somos uma espécie que evoluiu dos bruxos.
- Um evolução de bruxos?
- Exato. - ele respondeu pensativo, buscando as palavras certas para me dizer. - Nós sabemos fazer feitiços, mas sendo uma evolução, nós temos alguns defeitos.
- Defeitos? De quais tipos? - perguntei, cada vez mais curiosa.
- Nossos poderes demoram mais tempo para aparecerem e começarem a ser controlados.
- Isso explica muita coisa. - disse eu, pensativa.
- Você aprenderá mais sobre isso ao longo do ano letivo, em História da Evolução.
- Me parece mais interessante do que a matéria normal de História.
- E realmente é. - respondeu ele. - Outra evolução nossa é que podemos voar.
- Não brinca! - disse eu, arregalando os olhos.
- Eu não brincaria! Já sentiu uma dor na coluna quase insuportável, que você mal conseguia andar?
- Na verdade, já. - respondi, surpresa. - Como você sabia?
- Todos nós temos. É o primeiro passo para o surgimento das tão benquistas asas.
- Fascinante! - respondi, ainda mal acreditando.
Eu estava andando tão distraidamente com ele, que nem havia me dado conta de que já estávamos na metade da biblioteca.
Algumas pessoas desciam pelo teto, outras aumentavam e diminuíam de tamanho.
- Então quando eu aprender a voar não precisarei caminhar tanto.
Ele riu.
- Não precisará, mas voar têm desgaste físico superior ao de simplesmente mover as pernas.
- Oh, não! - exclamei decepcionada. - Lá se vão minhas esperanças.
Ele me lançou um olhar divertido, e continuamos andando.
- Este lugar é simplesmente...
- Incrível! - ele respondeu, completando meu pensamento.
- Natalie Dolman! - uma voz autoritária soou atrás de mim, e senti um arrepio pois sabia quem era...

11 comentários:

  1. Nossa, quem será que é? Rs', acho que esse foi um dos melhores capítulos, até agora. Houve um desfecho no final, que você me deixou curiosa ;3 Esperando ansiosa pelo próximo capítulo ;) Beijão!

    Ju, do Epílogos e Finais.

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    1. Olá Ju,
      fico feliz por isso, rsrs.
      O próximo já está em mãos, falta apenas editá-lo,

      beijos.

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  2. Da uma olhadinha no meu blog? Se gostar é só seguir que eu sigo de volta ;)
    Beijos

    www.feitodechocolate.com

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  3. To adorando a história! Continuo acompanhando e to ansiosa pro próximo capítulo hehe
    Beijos, Isa.
    http://docecharmeblog.blogspot.com.br

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    1. Olá Isa,
      Fico tão feliz por isso, rs, logo mais postarei,

      beijos.

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  4. Eu sabia que ela ñ iria morrer, huhsuahsuahs.
    Esse tal de Samuel é bom ou ñ?
    To na dúvida.
    A pessoa que chamou ela só pode ser Ana ou Paul, bjoooos

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    1. Olá Mari,
      Eu não posso dizer muito sobre a personalidade do Samuel...
      Isso descobrirá apenas com o tempo rs.

      Beijos.

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  5. Ainda não comecei a ler o seu livro, mas logo, logo, irei acabar com essa espera! Queria tirar uma dúvida com você, Ju: você escreve os capítulos de uma vez só? E você deixa adiantado ou escreve na hora? Beijinhos, StarGirlie.

    www.babistargirlie.blogspot.com

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    1. Olá Star!
      Eu não costumo escrever o capítulo de uma vez só.
      As vezes escrevo o capítulo até a metade, espero inspiração para terminá-lo, rs.
      Eu costumo deixar adiantado, pois as vezes me distraio demais na internet, e fico o dia inteiro para escrever algo. Então já deixo tudo pronto, e depois apenas passo para o computador,

      beijos.

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    2. Ahhhh, então somos duas, Ju!
      Também acabo escrevendo os capítulos (não os da novela, os do meu livro) em "pedaços". Já os de A Última Escolha, eu escrevo na hora. Sempre me atrapalho com os horários e, por isso, às vezes, me atraso rsrsrsrsrsrsrs Beijinhos, StarGirlie.

      www.babistargirlie.blogspot.com

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    3. Olá Star,
      Atraso deveria ser meu segundo nome, rsrs.
      Seu livro é sobre o que???

      Beijoos.

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