Eu estava quase adormecendo, quando o carro parou abruptamente.
- Chegamos? – perguntei, esperançosa.
- Quase isso! – respondei Paul.
Capítulo 3 - A descoberta de um novo mundo - Parte 3
Nós
saímos do carro.
-
Bem-vindos! Pode deixar que eu cuido da bagagem de vocês. – um homem de
estatura média e olhos azuis avisou.
-
Claro! Leve para Libby Hill! – anunciou Anna.
-
Libby Hill? – perguntei, franzindo o cenho.
-
Sim, o colégio onde a partir de hoje você estudará. – Disse Paul.
-
Que nome estranho. – disse eu, franzindo o lábio.
-
Não é para fazer sentido. – argumentou Anna. - Vamos!
Eu
seguia os dois, nós adentramos uma rua sem saída, pois uma parede enorme quase
inteira destruída.
-
Uma parede velha? – perguntei, confusa.
-
Não. O portal para um novo mundo. – disse Paul, com superioridade.
-
O que vamos fazer?Atravessá-la? – perguntei, confusa.
-
Quase isso! – Paul abaixou-se e retirou um tijolo que estava solto. – Tente
isso! – ele disse, me passando um pequeno recipiente com uma espécie de pó cor
púrpura.
-
O que você quer que eu faça com isso? – perguntei, confusa.
-
É melhor nós demonstrarmos. – disse Anna, pegando o vidro de minha mão e
despejando um pouco do conteúdo em seus dedos e depois nos de Paul. Ela
devolveu o recipiente.
-
É assim que se faz! – eles demonstraram, colocando aquele pó nos lábios.
Em
seguida, eles começaram a encolher até desaparecerem.
-
Poderia ter ido apenas um, né! – exclamei, descontente por estar sozinha.
Não
vendo outra alternativa, coloquei um pouco do pó em meus dedos e ingeri.
Em
poucos segundos, comecei a encolher, e minha roupa encolher comigo.
Agora
eu tinha entendido porque Paul havia tirado justo aquele tijolo.
Era
para que pudéssemos passar por ele. Isso me pareceu tão óbvio agora.
Atravessei
a parede. Assim que meu corpo estava totalmente do lado de dentro, meu corpo
cresceu novamente ao tamanho normal.
-
Isso é inacreditável! – exclamei, esfregando meus olhos com medo de estar
sonhando.
-
Não é inacreditável, pois é real! – argumentou Anna.
-
Como minhas roupas não encolheram junto? Ei... – disse eu, olhando para os dois
como se apenas agora os houvesse notado. – Vocês envelheceram de novo.
-
Sim, isso nos ajudará um pouco. – disse Anna.
-
Em todo caso, bem-vinda ao seu mundo! Nosso mundo, onde a partir de agora, tudo
será diferente. – disse Paul, alegre.
***
Paul
e Anna caminhavam de mãos dadas, enquanto eu estava um pouco mais à frente,
observando tudo com a maior atenção possível.
Um
vilarejo se estendia e parecia que casas eram empilhadas uma sobre a outra.
Literalmente falando, claro, pois algumas casas flutuavam sobre outras.
Estava
tão distraída que quase fui atropelada por uma criatura tão pequena, que
passeava em seu pequeno carro.
-
Ei, olhe por onde anda. – ele exclamou, zangado.
-
Desculpe-me. – respondi, envergonhada.
-
Maluca. – a criatura exclamou, e continuou seguindo seu caminho.
-
Quando chegaremos à escola? – perguntei, tentando aliviar a tensão.
-
Mais adiante querida. – disse Anna. - Siga-nos.
-
Venham, venham. – exclamou Paul, apressado.
-
O que houve? – perguntei, atônita.
-
Nós temos que ir para o colégio, ou já esqueceu? – disse Anna.
-
É verdade. – respondi, batendo levemente em minha cabeça.
Seguimos
por um caminho estreito, até alcançarmos uma porta enorme.
-
O que tem aí? – perguntei, curiosa como sempre.
-
O caminho para o colégio.
Paul
abriu a porta, e para minha surpresa, tudo estava escuro.
-
O que é isso?
-
Um túnel. – ele respondeu, como se aquela fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Conforme
fomos entrando, o túnel foi se iluminando por vagalumes. Tive que me curvar
para conseguir atravessá-lo.
-
Não podemos usar mais daquele pó?
-
Não, ele só serve para a entrada e saída do reino. Não é tão desconfortável
assim.
-
Para você é fácil falar, com a altura que está. – respondi, cansada. – Agora entendi
porque se transformaram.
O
caminho parecia ser muito longo e eu tive a impressão de que não acabava mais.
Eu
estava quase arfando de tanta apreensão.
-
Acho que sou claustrofóbica. – disse eu, tomando um pouco de ar.
-
Não reclame querida, já estamos chegando.
-
Não estou reclamando, apenas constatando os fatos, ora.
-
Chegamos. – Anna disse, na frente.
-
Você chegou. – resmunguei, quase saindo do túnel. – Liberdade, enfim. – disse
eu, levantando os braços ao céu.
-
Bem-vinda à Libby Hill. – um moço sorridente disse, na entrada da escola. – A
maior escola de ensino mágico do país.
********
Me desculpem mesmo não ter postado antes.
Ele já está pronto há alguns dias.
Beijos,
Juliana Rodrigues.
Acabou tão rápido o capítulo.
ResponderExcluirGostei, você teve criatividade quanto ao portal, mesmo lembrando Alice no país das maravilhas.
Eu já ia comentar que esta atrasada, mas você fez questão de colocar ali, kkkkkkkkk
beiiiijoooooooooooooooooooos
É que a maior parte do capítulo é composto apenas por diálogos, então, acabou mais rapidamente. Os próximos serão maiores, rs.
ExcluirBeijos,
Juliana Rodrigues.
Assim espero, kkkkkkkkk
Excluirbeijoooooooos