04/11/2012

Capítulo 1 - Parte 5

No capítulo anterior: 

" Enchi meu peito de coragem, e resolvi empurrar aquela porta. Meu coração estava sobressaltado no peito, e quando a porta estava totalmente aberta, me arrependi totalmente daquele gesto.
    - AAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!!! "

Capítulo 1 - Desastre na formatura - Parte 5

  - O que foi? O que aconteceu? – um casal entrou. A moça que viera à frente me perguntou, mas  me sentia incapaz de responder. Apontei com meu dedo indicador para a porta aberta. A garota desviou o olhar de mim e olhou para dentro do compartimento.
Ela revirou os olhos e desmaiou.
- Oh, não! Era só o que faltava. – exclamei, vendo a garota inconsciente no chão. – Tire-a daqui. – anunciei para seu parceiro, que provavelmente era seu namorado. – E chame alguém. Rápido! – exclamei para ele, que logo me obedeceu.
O bom de se tratar com homens em situações como essa é que eles são mais obedientes.
- Natalie! Você está bem? – Perguntou Marc, se aproximando de mim.
- Marc? O que faz aqui? – Não sei se aquele momento era ideal para esse tipo de pergunta, mas não pude evitá-la.
- Eu estava te esperando próximo ao banheiro. Ouvi você gritar, mas não sabia se eu deveria entrar. Quando aquele casal saiu, perguntei ao rapaz o motivo de sua namorada estar desacordada, e ele me falou que...
Assenti, sentindo lágrimas roçarem meu rosto.
- Me tire daqui. – pedi, suplicante. – Chame algum professor...
- O que está acontecendo? – antes que eu pudesse concluir o que estava dizendo, uma voz que se aproximava a uma taquara rachada soou atrás de nós.
Era minha professora de português.
Ela não me deu tempo de concluir e já estava me empurrando e se colocando a frente, onde estava o compartimento de banheiro. Onde tudo ocorrera.
- Oh, Santo Deus! – ela exclamou, levando as mãos a boca horrorizada. – O que vocês fizeram? – ela perguntou, virando-se para mim e Marc.
- Na...na...da...nós...só...en...con...tra...mos...ela...aí. – eu comecei a gaguejar.
Ótimo! A situação já não estava muito boa para o meu lado, e o impressionante é que eu conseguira encontrar uma forma de piorá-la.
Minha professora analisava o corpo de longe, e franzia o cenho. Ela encontrara algo errado. Algo que eu muito provavelmente não havia notado.
- Sei! – ela exclamou, desconfiada. – Vou chamar a polícia local. Vocês prestarão depoimento. Me acompanhem. – dizendo isso, ela fez um gesto com a mão para que a seguíssemos. Tentei me recompor, mas aquilo seria praticamente impossível.
- Por que nós devemos acompanhá-la? Quando encontrei-a ela já estava assim. – tentei argumentar, mas acho que só piorara minha situação.
- Senhorita Dolman, já olhou direito o corpo da moça?
Balancei a cabeça em negativa. Me aproximei do compartimento, para dar uma olhada melhor.
 Ali encontrava-se o corpo de uma garota. Seu vestido de festa era lilás. Ela usava uma faixa no meio da testa que parecia lhe esmagar o crânio.
Seu corpo estava atirado no chão, com o pescoço torcido. Eu poderia jurar que ela fora agredida violentamente antes de morrer, mas não havia nenhuma mancha. Nenhuma mancha roxa em nenhuma parte de seu corpo, e, por mais incrível que parecesse, também não havia nenhuma gota de sangue derramada.
- Ela está... morta! – anunciei. Marc deve ter me olhado como se eu tivesse o quociente de inteligência de uma batata cozida, pois aquilo era óbvio.
- Eu já havia chegado a essa conclusão sozinha, senhorita Dolman! – anunciou Martha, minha professora. – Quero que consulte o pulso dela.
Franzi o cenho, estranhando aquilo. Me aproximei mais ainda da garota morta. Seu pulso estava torcido, então pude ver uma mancha nele.
- Poderia ler o que está escrito para nós? – Martha pediu, e senti minhas pernas estremecerem.
- Na...Na... – fechei os olhos por um instante e me afastei.
- Diga-nos. O que estava escrito? – um rapaz disse.
Quando olhei para trás, o banheiro estava começando a lotar. Acho que daquele modo o banheiro ficaria mais cheio do que a pista de dança.
Respirei fundo, como se o ar pudesse me dar coragem, e de uma única vez, anunciei para as pessoas:
- Está escrito Natalie Dolman. 
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3 comentários:

  1. Noooooossa, como assim estava escrito o nome dela?????? Quero logo a próxima parte, hein???? Adoorei.

    Obs: Como vc tinha pedido, meu nome é Giovana.

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    1. Concordo com você Giovana Anônimo. Foi muito estranho essa parte, mas uma boa dose de mistério, gostei.

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    2. Olá Giovana e Mari*-*
      Fico feliz que tenham gostado. Bem, esse será um segredo meu até quase o final da história, ele faz parte do mistério... não posso escrever muito sobre o assunto. Espero que continuem acompanhado, adoro os comentários de vocês, beijos.

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