04/05/2017

Epifania de quinta: Não é sobre a chegada, mas sim, o caminho

Não quero saber onde estarei daqui dez anos. Pode ser que eu esteja casada e com um filho. Que tenha trancado a faculdade para seguir um sonho maluco. Ou talvez eu esteja viajando pela Europa, sem previsão de volta.

Não quero planejar meus próximos anos. Eu sempre fui muito criteriosa e imaginativa em todos os aspectos da vida: aos 15 anos, imaginei que quando chegasse aos 20, eu seria uma mulher bem resolvida, com um emprego incrível e trabalhando naquilo que eu mais gosto de fazer.


Que tudo seria tão simples de realizar. Que aos 20, seria fluente em todas as línguas que eu desejava aprender, e todos os problemas que eu tinha deixariam de existir. Me pergunto se eu tivesse seguido rigidamente os planos que tracei, se estaria onde planejava.

Mas, acontece que a vida vai acontecendo enquanto fazemos planos, e se não ficarmos bem atentos, somos deixados para trás. A medida que amadurecemos, nossos sonhos amadurecem conosco. Então, por que formular uma vida inteira, como se tudo dependesse somente de você?

A vida vai passando. Nós passamos pela vida. E nos moldamos a ela. E nos deixamos levar. No final, o que mais importa não é onde chegamos, mas sim, o caminho que fizemos durante a jornada.

E o que você pode fazer, agora, é garantir que este caminho seja o melhor possível!

Um comentário:

  1. Esse cantinho está bem diferente, mas apenas no layout e no nome. O conteúdo continua com o mesmo toque único de subjetividade em tudo o que escreve - que poucas pessoas têm!
    Ainda me identifico muito com tua visão de mundo. Com suas epifanias gritantes e teu protesto vívido que escorre em cada parágrafo. E quando leio tuas palavras, ainda sinto que não sou o único no mundo que luta contra a culpa que nos é imposta por ser jovem não tão bem sucedido assim (pelo menos não da ótica desse sistema idiota e injusto, que mede o sucesso com uma régua única).

    Que o tempo nos traga constante maturidade, mas que nunca retire de nós a coragem de juventude que sempre tivemos. E ainda temos. Certo?

    /Aindasomostãojovens.

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