29/07/2016

|Resenha|: A Rainha Vermelha

Um século após ler este livro, e depois de todos os blogs literários já terem falado sobre, FINALMENTE EU ESCREVI A MINHA RESENHA. Vamos comemorar de pé, né pessoal?

Recebi este livro em parceria com a Companhia das Letras (o segundo livro que me enviaram foi A Rebelde do Deserto, logo terá resenha também). Se você não leu ainda, com certeza já deve ter ouvido falar. Se já leu, venha opinar comigo!

Título do livro: A Rainha Vermelha 
Páginas: 424
Editora: Seguinte 
Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.

23/07/2016

Eu ainda sou aquela que falava sobre amor!

Eu ainda sou aquela garota que falava sobre o amor. Aquela que dizia para todos que era forte, e não sofria por ninguém. Ainda sou aquela que um dia jurou que deixaria tudo para trás, mas que não conseguiu seguir seu caminho olhando para a frente.

Sou a mesma que amava você, de uma forma tão genuína e verdadeira, que nunca foi capaz de compreender o que se passava em seu coração. Aquela que lhe estendia a mão, e torcia para ainda fazer parte de sua vida, em um mundo de fantasia, onde duas pessoas tão certas uma para a outra, poderiam ficar juntas.

19/07/2016

Há uma primavera em cada vida:


... é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar.... (Florbela Espanca). 

Bom dia! 

Hoje me deu uma saudade do tempo em que nos falávamos por e-mail. Assuntos que nunca se findavam, e sempre nos faziam um bem danado. Acredito que a vida tenha nos afastado, vagarosamente e de modo tão sorrateiro, mas, ainda temos bons motivos para permanecermos amigos, como sempre fomos. 

Ultimamente, não tenho nada de novo a contar. Percebi, mesmo a contragosto, que a vida está me tragando em pequenos frangalhos. Tenho estado exausta de mim, de minha vida, pois aquilo que permanece igual, não satisfaz uma alma de tamanha inquietude, tal como a minha. 

Tenho estado cansada, e até mesmo me afastado de pessoas que sempre me quiseram bem. Meu erro! Sempre fui o tipo de pessoa que gosta de ter um tempo sozinha, mas eu nunca gostei de, verdadeiramente, me sentir solitária. Existe uma beleza na dor, é ela a proveniente das minhas mais belas poesias. 

Mas, também existe algo de tão singular na alegria da vida. No amor que bombeia em nosso sangue. Na pureza de cada momento tão pequeno, que passa despercebido em nossos olhares desatentos. 

Eu ando tão tumultuada, que há poucos dias voltei a olhar para a luz que irradia do Sol. Quando saio pela manhã, ela aparece timidamente por trás das nuvens, mas durante a tarde, a beleza invade meus olhos, e me faz agradecer por mais um dia: o céu se mescla entre azul e rosa, e o sol vagarosamente desaparece. A cor se intensifica, até o tom mais escuro dar vida, e a lua tomar posse. 

Sei que pareço uma pessoa tipicamente de humanas, para você. Mas, corrija-me se eu estiver enganada: as maiores belezas da vida são aquelas que enxergamos com olhares de amor. 

Os sinos da Igreja tocam, como acontece a cada hora. Não fui para a missa, esse domingo que passou, mas ontem aproveitei para ir à Igreja, em meu horário de almoço, e rezar aos pés do Santíssimo. Eu estou mudando tanto, você sabe disso. Você sente isso! 

Ainda me pergunto o tipo de pessoa que eu pretendo ser, mas estou deixando que a vida me molde, segundo a sua maneira. Independente de onde eu for, ou o que me torne, não quero deixar de tê-lo em meus dias. 

Conte-me como estão as coisas contigo também! Aguardo seu retorno! 

Abraços, 

Ju. 

12/07/2016

Teu cântico de Inverno


Minha voz
ficava rouca
sempre que o cálido inverno
anunciava sua vinda.

Meu coração
pesava ali dentro
em contrações espaçadas.
Ora de dor,
ora de alegria,
ora de amor,
ora de agonia.

Eu pouco sentia,
Oh, pobre eu!
Alma enorme
e coração pigmentado.

Eu muito sentia,
Oh, pobre alma gigantesca!
Não cabe dentro de ti,
tudo aquilo que lhe pesa.

Deixe-me seguir meu caminho,
sozinha.
Já não quero mais
seu cântico de inverno,
que veio como uma fagulha
no cerne
de meu ser,
mostrar-me que
já estou perdendo minha maestria!