24/08/2016

Eu quero saber sobre você!


Eu quero saber sobre você! O que faz aqui. Como tem passado. Quero saber de onde você veio, e para onde pretende ir. Quero saber onde os astros estavam alinhados no instante de seu nascimento. Onde a vida mais lhe pesou no peito.

Quero saber cada detalhe banal. As brigas sem sentido. Sobre seus amores. Sobre os sabores que já experimentou na vida. Quero saber sua cor preferida. Seu desenho favorito de infância. Quero saber se você gosta mais do sol ou da lua.

Que me diga quais são seus traumas de pequeno. Quais saudades carrega aí dentro. Que medo você possuí. Qual a sua maior ambição. Quero conhecer seus sonhos. Vasculhar suas profundezas, e achar um cantinho onde possa me esconder.

Quero ouvir suas histórias. Quero saber o que faz brotar um riso em seu rosto. O seu partido político. As músicas que você escuta, e o que já cansou de escutar. O que você pensa sobre meus poemas, e se sabe a inspiração que me causa.

Quero saber sobre seus dias tristes. Quem você levaria para jantar. O que seria um dia perfeito para você, e se eu estaria nele. Quais são os motivos que te fazem grato pela vida, e quando já quis se livrar de tudo, por não ter um pouco de paz.

Quero saber das suas realizações. Dos seus fracassos. Das suas memórias mais queridas, até as que repudia em pensar. Os livros que leu. As séries que assiste. O que gosta de fazer nas horas vagas. Quero saber sobre você, pois me cansei do mais do mesmo em conversas superficiais.

23/08/2016

|PRIMEIRAS IMPRESSÕES|: O garoto do cachecol vermelho

Olá, escritores! Como estão? Hoje venho, através deste, fazer as primeiras impressões do novo livro da Ana Beatriz Brandão. Bora conferir? 

Sinopse: Melissa é uma garota linda, rica e mimada, que sempre consegue o que quer e tem todos na palma da mão. Ela acredita que a carreira de bailarina é a única coisa que realmente importa, porém suas certezas são abaladas quando faz uma aposta com um garoto misterioso, que parece ter como objetivo virar sua vida de cabeça para baixo.

20/08/2016

|RESENHA|: Guerra das Raças - Daniel Jahchan

Título: Guerra das Raças - A caça aos desertores
Autor: Daniel Jahchan
Editora: Novo Século
Ano: 2016
Facebook: Daniel Jahchan
Links para compra:
Livraria Folha
Amazon

Novo Século

Sinopse: Após um longo período de paz, a Ordem Igualitária das Raças foi destruída, passando a ser chamada apenas de "Velha Ordem". "Guerra das Raças - A Caça aos Desertores" retrata o período onde os então governantes, responsáveis pela queda da Velha Ordem, se dividem em dois lados, os angeli e os daemon. Essa divisão coloca orcs e anões do lado dos daemon, enquanto os elfos, e a maioria dos humanos, se aliam aos angeli. A guerra já dura seis séculos e cada vez mais o ódio entre raças diferentes vai se intensificando. 
O livro foca na história de um garoto de quatorze, Ikarus, que cresceu longe da guerra, mas que pode ser visto como grande esperança para acabar com ela. Isso pelo fato dele ser um híbrido. Filho de um daemon com uma angeli, Ikarus encontra um dos então "extintos" líderes da Ordem Igualitária das Raças e juntos convencem um grupo de anões, humanos e elfos a se unirem, trazendo de volta a esperança para um novo período de paz.


Resenha: Primeiramente, preciso dizer que fui a leitora beta deste livro, então a versão publicada está levemente diferente da que eu li, rs. 

PRONTOS? Então vamos começar! 

Já se passam seis séculos desde a queda que os donmen sofreram, e com isso, a Ordem Igualitária das Raças foi devastada. Sem sombra de dúvidas, é a maior guerra da qual se tem registro, onde os seres de todas as espécies são meras vítimas, nesta luta temível entre os angeli e daemon, sobre quem possui mais soberania. 

O livro traz como foco um personagem bem novo de idade, mas com muita garra para lutar. O destino de Ikarus é desvendar os grandiosos mistérios aos quais seu passado é envolto. Aos poucos, somos apresentados às memórias sobre sua verdadeira origem, e aos amigos que Ikarus vai fazer durante sua jornada. 

De início, gostei muito da escrita do Daniel, achei bem madura e condizente ao livro. As descrições feitas por ele são muito bem trabalhadas, e nada exageradas. São descrições na medida certa, digamos assim. 

Gostei bastante de alguns personagens, principalmente da Adele. Ela é fodona e dona de si. O Ikarus também foi um personagem bem desenvolvido, e a forma como ele se preocupa com a própria irmã, é muito fofa. Além do mais, ele superou todos os seus medos para entrar na batalha. Ponto positivo! 

Temos outros personagens bem cativantes também, como o Théo e o Trótz. Demorei um pouco para simpatizar com o Théo, mas ele é um ótimo personagem. O Trótz então, nem se fale! Hahaha. 

Alguns acontecimentos, eu achei que demoraram muito para aparecerem, e quando aconteceu, tudo foi muito rápido. Mas, como o livro faz parte de uma saga, é perdoável (até porque este é a introdução, apenas). 

Ah, e vale ressaltar a coisa que mais gostei no livro: as canções que foram introduzidas. Foram belíssimas, como cânticos de roda, e deu para criar um ritmo perfeito durante a leitura. 

Os donmen também foram bem positivos no livro, já que eles tem uma filosofia muito bacana, a qual eu particularmente, adorei! 

E, para não falar apenas das coisas boas, o maior defeito que achei no livro, foi a falta de algum elemento épico. Acho que algumas frases de efeito seriam bem apropriadas ao livro, mas como eu e o Daniel conversamos, ele está desenvolvendo isso melhor nos próximos livros. 

Fico no aguardo! ♥ 

Dou uma classificação de 4 pontos ao livro (numa escala de 0 - 5). 

Para os amantes de fantasia e mitologia, este livro é uma ótima pedida! :D 

17/08/2016

Meu anjo perdido


Pois então,
os nossos olhos se cruzaram por uma última vez.
A tinta fresca secou em minha pintura.
A bolha de água se desfez com o vento.
A borboleta pousou em meus dedos, e ali fez sua morada.

Pois então,
a nossa melodia descompassada.
A árvore crescia, e suas folhas ainda não davam flor.
O sorvete de creme se derretia em teus lábios.
As luzes da cidade piscavam de cor.

09/08/2016

La solitudine

Sozinha na cidade. A mente ocupada por lembranças que me esgotavam, os olhos aturdidos com as cenas que se resvaleciam por mim. Tédio. Tensão. Apreensão. Pesar. O fundo de sentimentos que passavam inesgotavelmente por minhas vértebras.

O céu se derramava em meus olhos, mesmo fazendo um belo dia de sol incendiante. As nuvens não estavam carregadas, mas eu estava. Meus olhos eram a própria chuva, que caía em gotas finas, a delinearem as maçãs protuberantes de meu rosto.

Carros passavam. Motos passavam. Bicicletas, pedestres, e ônibus para outros cantos - exceto aquele que eu deveria tomar. No banco de espera, aguardava o momento em que sairia daquele lugar que tanto me incomodava, e seria levada de volta para casa.

Mas, eu não queria voltar. Meu coração já não aguentava mais enxergar a terrível realidade que se revelava diante de mim: toda a crueldade humana, a falta de empatia alheia, a confiança em quem não merecia, e o medo por ser mulher.

Não queria olhar para os que me conhecem, abrir um sorriso e proferir um "Está tudo bem!". Não aguentava sorrir em vão, embora soubesse que aquela me era a melhor saída: não falar sobre o problema, me ajudava a esquecê-lo.

Mas as lágrimas ainda vinham. E queimavam em meu rosto como brasa. Eu apenas queria fugir de tudo. Das pessoas que me cercavam. Da minha vida, da qual já não sabia para qual rumo direcioná-la.

Só queria fugir, e aquele era meu refúgio. Estava eu sozinha na cidade, observando a todos que passavam. Mas, quieta em meu canto, ninguém reparava na garota que em sua solidão, as lágrimas em seu pranto eram derramadas!


08/08/2016

A Rainha do Coice

"Que linda! Tá solteira?"

Não, cara! Não ache que você vai me "conquistar" (ou seja lá o que esteja tentando fazer), com um papinho tão furado. Não ache que elogiar a minha aparência vai me fazer cair de amores por você, ou que um "Nossa, como você é linda!", antes mesmo de um "Oi, tudo bem?" vai funcionar mais rápido.

Volte duas casas e desvie o seu caminho do meu, pois nada disso vai adiantar. Não posso falar por todas as mulheres do mundo, mas eu me garanto: uma mulher solteira nem sempre vai cair nos braços do primeiro que aparecer.