29/02/2016

Entrevista com Esther Lya

Olá, meus amores! Tudo bem com vocês? 

Conheci a Esther Lya há bastante tempo, pelo Facebook, mas somente agora decidi chamá-la para fazer uma entrevista bem bacana, rs. 

A autora é bem nova (tem praticamente a mesma idade que eu, se não me engano), e publicou A Marcha dos Javalis ano passado. Caso tenham interesse em comprar o livro, deixarei lá embaixo o link do Facebook para entrarem em contato com ela. Ela é um amor de pessoa, tenho certeza de que irão adorar conhecê-la! 

Vamos à entrevista? Hehe! 

Como surgiu o seu interesse em ser escritora? Você sempre quis seguir esse ramo artístico?

Desde que eu me conheço por gente. Cresci sempre com um livro do meu lado, minha mãe me diz que eu tinha aqueles livros de plástico que bebês usam em banhos. Minha mãe sempre leu, meu pai escreveu um livro fantástico com contos para crianças, então sempre estive no meio. Mas a escrita começou com as famosas fanfics do Harry Potter. Eram fanfics normais, aí passaram para Universo Alternativo e resolvi transformar em livro para as pessoas poderem ler.

Quanto tempo você levou para escrever A Marcha dos Javalis? Conte-nos um pouco sobre o livro.

A Marcha, se eu não me engano, foi no máximo uns quatro meses. Eu estava inspirada por que tinha terminado É Proibido Sorrir. A Marcha é um livro distópico, sobre uma cidade que de um lado é cercada por uma cadeia de montanhas e pra fechar o círculo, há um muro, a famosa cidade do muro. E começa a rolar uma ditadura militar e a protagonista é cabeça dura, alguns dizem que ela é muito “mimimi”, mas continuo adorando ela <3 E, bom, tem o vilão que rouba a cena, e cof cof meu coração cof cof, e o final todos se surpreendem, o resto é spoiler.


Qual a sua maior fonte de inspiração para a escrita de seus livros?

Muitos escritores tem um escritor na cabeça, o fulano por sua escrita, o ciclano por sua história de superação. No meu caso, são vários. Cresci com J.K. Rowling, então sua história me inspira, mas também Stephen King e Edgar Allan Poe me inspiram, pelo modo como eles colocam o terror psicológico no leitor. Há também Robert K. Massie, eu acho incrível seus livros biográficos, como “Catarina, A Grande” e “Nicolau e Alexandra”, pelo simples fato de saber contar a vida de pessoas grandiosas, sem tornar chato como livros de história da escola.

Muitos escritores sofrem para encontrarem uma boa Editora que aceite seu trabalho. Como foi para você esse processo?

Bom, eu pesquisei muito as editoras, e encontrei a Pandorga. Preenchi uma ficha de inscrição e coloquei alguns capítulos. Pouquíssimos dias depois, acredito que uns dois, eles me mandaram um e-mail pedindo o arquivo inteiro. Mandei e uma semana depois, talvez menos, eles me disseram que tinham aceitado. Depois para É Proibido Sorrir, resolvi ir para a Chiado, e uma semana depois, eles me mandaram o e-mail dizendo que tinha sido aceito. Então, foi bem tranquilo, e glorioso, para mim.

Você tem alguma meta de escrita? Procura escrever uma quantia de páginas/ palavras por dia?

Não, e até acho errado. Escrever é um trabalho, escritor é profissão. Então, às vezes me arrependo de não ter uma meta, mas é que particularmente, eu me sinto muito pressionada e não funciona. Hoje estou sem criatividade, mas amanhã escrevo três capítulos, é complicado a coisa. Uma vez, viagem para um lugar que não tinha internet, escrevi sete capítulos do É Proibido Sorrir num dia. Eu gosto de escrever entre mil e duas mil palavras em cada capítulo, e tenho uma mania que o número de palavras tem que terminar em número redondo, é terrível y.y


Quais meios de divulgação e marketing do seu livro você mais usa?

Facebook, Instagram e Twitter. Tenho páginas dos livros, de mim como escritora, divulgo em todas e no meu perfil. Tenho conta no Instagram, então coloco várias hashtags e ainda compartilho no Face e no Twitter. E depois, o básico: imagens para divulgar, parcerias, e todas as coisas que escritor e leitor estão cansados de saber.

Apesar de ser um caminho bem complicado, todo escritor já passou por algum momento em que valeu a pena ter se esforçado para realizar esse sonho. Qual foi o momento mais marcante para você?

O momento mais marcante para mim, é a união de vários momentos iguais. É quando um leitor vem e diz “adorei teu livro” ou “virou meu preferido” ou então “parabéns, é maravilhoso”. Teu ego sobe tanto que você não o alcança e você dorme nas nuvens, com a sensação de dever cumprido.


O seu novo livro, É Proibido Sorrir, já vem causando uma grande ansiedade entre os leitores. Conte um pouco sobre ele.

Vem causando mesmo? Que animador saber! Eu fico nervosa, por que é um livro que ainda não posso divulgar a capa, por motivos pessoais, então bate aquela insegurança. Enfim, o livro é mais complexo, e convenhamos o meu xodó, do que A Marcha.
Baingani, sim a cidade se chama assim e tem um motivo lindo!, é uma cidade fadada a um sistema: a Política Vermelha. Cruamente falando, é puramente machista, mas eu juro que não quero entrar nesses detalhes machistas e feministas, que é a Política Azul. Há séculos as duas políticas vêm se enfrentando, e a história é sobre três pessoas, cada um numa “hierarquia” que lutam pelos seus ideais e aquilo que julgam o certo. É mais forte que A Marcha, por que envolve cenas de tortura (PS: Por mais aterrorizante que possa parecer, todos os meios de tortura existiram. Alguns na Idade Média, na caça às bruxas, e outras na Ditadura Militar no Brasil) e a famosa costura na boca, por um simples motivo: a mulher sorriu, e isso é proibido.
Ok, se eu falar mais, é um baita spoiler <3

E, para finalizar, deixe algum conselho para os futuros escritores, que você gostaria de ter recebido quando iniciou a carreira.

Um conselho para iniciantes... Bom, a maioria das coisas que sei, eu aprendi com o tempo, tipo amadurecimento literário (??), não adianta dizer que o escritor tem que ter paciência e persistência, que todos já sabem. Então, vou a um conselho importante: é bom o escritor ampliar seus conhecimentos, participar de cursos para ajudar a criar algo, e até mesmo ler livros para isso. Além de fazer uma deliciosa pesquisa sobre o assunto que irá retratar.

Acho isso tão fundamental quanto as palavras no texto.

Gostaram? Então entrem em contato com ela: Esther Lya Facebook
Curtam a página do livro: A Marcha dos Javalis
Do próximo livro: É Proibido Sorrir
E, claro, a do blog, caso não tenha curtido ainda: Ser Escritor(a)

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