22/06/2015

Qual o seu sonho?


Notei que gostaria de ser uma escritora, quando via tantos livros que meu pai tinha em sua estante, mas eu ainda não sabia lê-los. Meras palavras desconhecidas para mim, uma criança que aprendeu a ler mais tardiamente do que as crianças da própria idade. Queria dar forma às ideias que emaranhavam minha mente, mas não sabia escrevê-las. Já queria ser uma escritora antes mesmo de saber escrever.

Tempos mais tarde, me vi percorrendo os olhos pelas páginas majestosas dos livros de capa dura de enciclopédias. Ou, aqueles gibis da Turma da Mônica que sempre que dava, meu pai trazia um para mim. Me divertia com as folhas desenhadas do Maurício, tanto quanto com aqueles livretos de contos de fadas. Ah! E como se não bastasse, era louca para chegar logo o dia em que eu teria a coragem de ler um livro maior. Sempre paquerei Frankestein da estante, enquanto olhava de esguelha para O Médico e o Monstro. 

O primeiro livro da minha vida, não foi nenhum desses. Não, Senhor! Foi aquele livro semi novo do Ignácio de Loyola Brandão que eu havia ganhado do meu primo. Cadeiras proibidas! Contos com gostinho brasileiro e levemente fantásticos. Anos depois, quando entrei no Ensino Médio, consegui um autógrafo do autor para a minha edição semi nova de seu livro. 

Ah, e abandonei os brasileiros por um tempo. É elementar, meu caro, que conheci gêneros capazes de remexerem com tudo que havia dentro de mim. Romance policial? Fala sério! Como não desejar ter a perspicácia do Hercule Poirot, e a personalidade do Sherlock Holmes? Ou, até ficar meio neurótica tentando imitá-los. Mas se dar conta de que dedução não é bem seu forte, embora tenha perspicácia e personalidade suficientes para ternar-se uma detetive. 

Notei que gostaria de ser uma escritora! Foi aí, então, que isso voltou a acontecer. Só ler livros? Não! Isso não é suficiente para mim. Preciso colorir cada borboleta que permeia meu estômago. Dar novas formas a elas, e brincar com cada uma. Sempre precisei escrever. E imaginar. E escrever imaginando outras possibilidades de realidade para fugir desse vazio tão incólume que costumava ser o meu quarto, quando eu despia minha alma e tinha um encontro íntimo comigo. Quando, eu olhava para mim mesma, e não via a nada. Apenas, um enorme vazio, que preenchia-se a cada toque que meus dedos davam na caneta, e através de uma letra trêmula, escrevia certo por linhas tortas, meras palavras que invadiam minha mente juvenil. 

Precisava encontrar uma razão para mim mesma. Então, desde cedo, comecei a escrever. Ou talvez, o grande encontro tenha ocorrido naquela tarde em que fui numa banca de revistas. Vi uma, daquelas para adolescentes, e resolvi levar. E veja bem, para alguém que sempre gostou de escrever e havia encontrado em Harry Potter uma paixão gigantesca, ter encontrado justo naquela edição da revista uma matéria falando sobre a Floreios & Borrões, site no qual fãs postavam estórias alternativas sobre a Saga. 

Foi ali, que notei que possibilidade de ser uma escritora. Mas isso, como profissão, não mais como um hobby para fugir da realidade aterradora que me cercava. Pensando bem, sempre tive grandes motivos para ser escritora. Já lhe contei da vez em que minha tia me presenteou com uma máquina de escrever? E a primeira coisa que eu fiz foi testá-la de diferentes formas possíveis. Foi escrever bobagens aleatórias, e até mesmo, uma versão mais divertida para Os Três Porquinhos. 

Dizer que ganhei uma máquina de escrever na infância, faz com que eu pareça uma velha. Mas eu tenho apenas 18, e sonhos que ultrapassam os limites de idade. Mas, me entenda bem, a máquina de escrever foi o primeiro contato direto que tive com a escrita. E isso foi à 10 anos atrás. Já posso parecer uma velha para você? 

Por volta dos meus 14 anos, tive a certeza mais absoluta de que a não havia mais jeito. Não tinha como fugir, pois as palavras já haviam me prendido em uma grossa corrente. Haviam me prendido, ao desejo mais do que aterrador de ser uma escritora. 

Notei que gostaria de ser uma escritora, quando aos 14 anos, eu não queria uma festa de 15! Não, meu caro! Não que tivéssemos condições para isso, mas a única coisa que desejei quando meus tão sonhados 15 anos se aproximavam, era poder ter um espaço só para mim, para passar aquele dia fazendo a única coisa que minha alma tão ansiava: escrever! 

Mas o destino me surpreende com suas ironias. Veja bem, eu não poderia controlar os eventos catastróficos que se sucederam, mas a minha avó materna veio a ter um AVC justo dois dias antes da bendita data. Que os céus a tenham nesse momento! Mas aquilo foi um choque para a família toda. Pois é! Horrível! Mas devo lhe confessar agora, algo que nunca disse para ninguém: assim que o relógio deu Meia-noite, para o dia em que finalmente eu faria 15 anos, abri o bloco de notas do meu celular. E ali, comecei a encher algumas linhas rapidamente. Aquele, seria o primeiro esboço do meu livro. Hoje em dia, ele já está pronto. 

Bem, praticamente! Então, um tempo depois, já não contendo mais aquela vontade avassaladora de escrever, mas não apenas para mim, decidi por fazer um blog. Há exatos três anos atrás. E tenho que confessar que essa tem sido uma experiência gratificante. Aprendi tanto! E levando em consideração alguns e-mails e comentários que recebo, posso perceber que alguns de vocês também levaram um pouco de "Juliana Rodrigues" para suas vidas. 

Ou através dos textos. Ou pelas dicas. Mas de qualquer modo, sou grata por ter feito parte de você. E por você, ser uma parte de mim também. Algum tempo atrás, criei uma pasta em meu e-mail intitulada "Leitores". Todos os comentários do blog que chegam lá, eu encaminho para essa pasta. É uma forma tão simples que encontrei para manter cada um de vocês, mais perto de mim. Olha só, escrever pode ser minha paixão, mas sou grata por ter cada um de vocês por aqui. Para não desistir. 

Afinal, quando a vida pesar, o jeito é apenas persistir. Insistir. Mas nunca desistir. E se me perguntar qual é o meu sonho, apenas leia o título do blog. Ele já traduz exatamente quem sou. Quem fui e quem ainda serei!

Uma escritora.
Quem sempre fui,
Mesmo que por vezes,
Não tenha sido capaz de notar.

Uma escritora. 
Quem sou, 
E sempre que fujo das palavras,
Elas me envolvem em poesia.

Uma escritora. 
Quem sempre serei.
Até mesmo,
Quando papel e caneta
Já não existirem mais em meu alcance.

Uma escritora.
Por refúgio à uma alma alvoroçada.
Uma escritora,
Por amor, que alvoroço algum
É capaz de refugiar.

Hoje, o Ser Escritor(a) completa três anos. Três anos de blog. Uma vida pela escrita.
Parabéns à mim, por nunca ter desistido do blog, apesar de deixá-los às moscas de vez em quando, mas esse espaço sempre será meu maior refúgio. 

E obrigada à você, sim, você mesmo, meu leitor, por ser o principal motivo pelo qual nunca desisti. Cada comentário (conforme os poucos que consegui colocar na imagem), demonstra o quanto é importante receber esses comentários de vocês. E olha, já tive diversos negativos também. Isso é normal.  Mas sempre que sinto que devo desistir, vou na pasta Leitores do meu e-mail, e sinto-me renovada por essa força maravilhosa que vem de vocês. 

E se você estiver sentindo a vida pesar mais uma vez sob seus ombros, apenas persista. Insista. Mas nunca desista. Nunca se sabe onde suas atitudes te levarão. Assim como, nesse momento, penso em algo que sempre me invade à mente: E se eu tivesse desistido do blog? 
Provavelmente, não teria conhecido pessoas maravilhosas, que mudaram minha vida para sempre. Por isso, sempre mantenho comigo meu mantra: Persista. Insista. Mas não desista. O pior que pode acontecer, é você atingir além daquilo que havia imaginado. 

19/06/2015

Isso te surpreende?


Confesse que sim. Pois eu sei, que lá no fundo, mesmo já tendo suas suspeitas do que poderia estar acontecendo comigo, te surpreende saber que o motivo, é você.
Acho errado eu ter que lhe dizer uma coisa dessas. Justo eu. E logo pra você. Mas, mais errado do que dizer-te isso, seria não poder fazê-lo. 

Algo que aprendi amando, é que na vida sempre nos arrependemos mais das coisas que deixamos de dizer. Só espero não me arrepender disso. Há tanto que tenho guardado, mas palavras suficientes não me vêem a mente para expressar. 

Eu não preciso citar seu nome para que saiba que esse texto pertence à ti. Então não se acanhe comigo. Tudo pode estar confuso e tumultuado, mas saiba que sempre teremos aquele carinho um pelo outro. Só que agora, as coisas mudaram, e por mais difícil que seja para você, não me deixe sozinha com tudo isso. 

Deve ser mais fácil para você fingir que a tempestade não está acontecendo, a ter que enfrentar essa chuva ao meu lado. E tudo bem. Não o julgo por isso, mas estou me sentindo sozinha no meio de tudo isso. Poderia ficar ao meu lado?

Tudo bem! Vamos organizar cada pensamento, e colocar os sentimentos à mesa. Se tudo aquilo que sinto fossem estrelas, jamais conseguiria organizá-las em uma constelação. Mas eu tento. Pois até mesmo o céu mais carregado, tem a Lua no meio para amparar. 

Olha só, querido, eu sei que sou complicada. Confusa. E até mesmo grossa, vez ou outra. Mas, quando tenho convicção de algo, nada pode tirar aquilo de meu peito. 

E, mesmo nunca tendo demonstrado que posso ser uma boa pessoa quando assuntos do coração vêm à tona, preciso lhe dizer que temos grandiosos motivos para, dessa vez, darmos certo. 

Fala sério! Não acho possível que nunca tenha notado que eu sou praticamente a forma exata daquilo que você procura em um relacionamento. Jura que nunca pensou nessa possibilidade? Pois de uns tempos pra cá, é o que minha alma anseia. 

E tenho estado inquieta com tudo isso que me queima no peito. 

E se o fato de ser aquilo que você procura não for grandioso o suficiente, digo-lhe que temos algo único. Forte o suficiente para durar. Bom o bastante para dar certo. Ou, talvez, o nosso medo seja justamente o de estragar algo que por si só já é grandioso e bom o suficiente? 

Nunca  saberemos onde nossas atitudes irão nos levar. Mas como havia dito, costumo me arrepender mais daquilo que deixo de dizer. Das coisas que são intragáveis e não consigo descer goela abaixo. 

Essas são as coisas que me assustam: mais do que saber qual será a reação de outrem por uma demonstração de amor piegas, é deixar de dizer. Evitar dizer algo com medo da reação de outra pessoa, não é para mim, então pera lá, independente do que seja daqui pra frente, não me arrependo. Quero mais que saiba mesmo. Mesmo! 

Quero poder olhar no fundo dos seus olhos, e buscar aquilo que está no fundo dos meus. Se os olhos são o espelho da alma, os meus devem estar lhe dizendo muita coisa.
E se o fato de nós dois sermos exatamente aquilo que procuramos num relacionamento, não for grandioso o suficiente, posso lhe dizer que estou ao seu lado. Que quero estar ao seu lado. E sempre estarei quando precisar. E quando não precisar também. Aliás, inclusive. É justamente quando você acha que não precisa de mim, que tu mais precisa. 

Se tudo isso não for o suficiente, digo-lhe que te compreenderei. Mesmo quando ninguém mais puder. Mesmo quando ninguém mais quiser. Eu estarei aí por você, para compreender cada pedacinho de sua alma. E tentar mascarar seus sofrimentos. 

Mas, se ainda assim, não for o bastante, posso lhe dizer que serei aquilo que você sempre quis. Que já sou. Mas serei ainda mais. Acima de tudo! E se mesmo depois de tudo que tenho a lhe dizer, que posso lhe demonstrar, não for o suficiente para você, quero que saiba que podemos ser bem mais felizes do que já somos, se estivermos juntos, e nossas exatidões derem certo em uma conta de mais. 

Posso estar errada. Mas, se amar alguém nessas circunstâncias for errado, você se permitiria errar comigo?

17/06/2015

Quem diria que viver daria nisso?


Pode olhar para os lados. Para frente. Para trás. Mas seja como for, você nunca poderia imaginar que viver, afinal, te levaria até esse canto só seu, onde está agora. É o seu espaço. E ninguém pode lhe tirar isso.

Pode cruzar outra Avenida. Chegar ao arranha-céu mais alto da região metropolitana. Subir à cobertura, apreciar a vista. Visão tão bela da imensidão do topo de um prédio. Tal, o momento mais alto do mundo. Do seu mundo, nesse momento. Lá pra baixo, ruas se cruzam com tamanha perfeição, como se elas sempre tivessem estado ali, mesmo quando não havia cidade.

Semáforos se abrem em sincronia, mas do outro lado, sempre haverá algum que fecha . Carros ultrapassam seus limites. Pedestres caminham livremente pelas ruas, sem temerem que algo ruim possa vir a lhes acontecer. O caminho é estreito. Mas todos passam perfeitamente por ele. Pois não temem a vida. Não temem à morte. E nada pode se fazer quanto, pois quem diria, algum dia sequer, que viver daria nisso? Nisso tudo. Essa imensidão corriqueira, que é o estar vivo.

Pode seguir o caminho à pé. Descer do topo do prédio pelas escadas, pois cada degrau é um suspiro a mais em seu peito, e elevador não traz emoção. Pode ir para um lado, ou escolher o caminho inverso. Seguir em frente. Ou recuar. O que não vale, e ficar imóvel por muito tempo num mesmo lugar. A vida cansa quando paramos DEMAIS para descansar. E da vida, já basta de gente que prefere parar na sombra, do que manter a caminhada, mesmo que o Sol lhe bata na face.

Pode tratar de fazer aquilo que se quer. A vida é curta demais para ficar pensando se seus sonhos valem a pena, mas rápida para mostrar que com a atitude certa, o semáforo irá abrir para você no momento adequado.
Pare.
Preste atenção.
Siga em frente.

Tudo na vida, vem e vai. Se vem, é para preencher sua vida. Se vai, é para deixar um lugar vago. Vago, para a próxima coisa que virá. Então, pode tratar de trazer a coisa certa. Aquela que sua alma anseia. Pela qual seu coração palpita. Aquela, que você ficará na contagem regressiva quando o semáforo estiver abrindo.

Pode tomar o caminho que for. Mas nada, nem ninguém, poderá tomar o seu caminho. Trate de escolher, e saber sentir-se escolhido. Pode olhar para os lados. Cruzar outra Avenida. Seguir o caminho à pé, se quiser. Mas trate de fazer aquilo que se quer.

Nem sempre você saberá o rumo que tudo isso te guiará. Pode ser mais intenso do que imagina. Pode descobrir que não era aquilo o que queria. Pode ser que tudo vire do avesso, ou comece pelo contrário e encontre um rumo em linha reta.  Muita coisa pode ser, desde que seja alguma coisa, pois, meu caro, como sempre lhe digo: Quem diria, afinal, que viver daria em tudo isso?

09/06/2015

Eu também sou o escuro da noite!


Seis horas da manhã. Acordar, banho e café. Estar pronta pro serviço, mais um dia de rotina se inicia. Trânsito na estrada, acidentes na pista. Pessoas feridas e mortas. Calor infernal, janela do ônibus completamente aberta. Ônibus parado, engarrafamento pesado. Se aqui é assim, imagina pra quem vive na capital de São Paulo? 

Clima tenso no serviço. Reunião, reunião, reunião. Reunião? Ah, mais uma não.
Indo embora. A biblioteca está aberta. Passo rapidamente só para passar o tempo. Pego dois livros, e deixo mais seis esperando a próxima vez. Da próxima, serão outros livros. Outros gêneros, outros autores e outras circunstâncias que me interessarão. 

Pego o celular e ligo o visor para ver as horas. Lembro que deveria terminar aquele texto que está parado há meses. Parado, assim como o ônibus nesse momento. 

Ele volta a andar, e paro de digitar. Falta inspiração. Falta o que dizer. Escritores tem que ter algo à dizer para os outros, não apenas encher tudo isso de baboseiras. 
Dê um início e fim, e encha o meio com aquilo que achar mais conveniente. A cada nova esquina, um bar. Mais duas, uma Igreja.
Seguro firmemente os livros para não deixá-los cair. Cidade esburacada é assim mesmo. Mais duas esquinas e três subidas. Isso faz sentido? Espero que sim.

Os muros pichados da cidade nada mais tem à acrescentar. Ainda vou comprar e reformar aquela casa. Penso, ao passar por uma construção antiga e abandonada. 

Os prédios não se movimentam na mesma sintonia que meu coração atordoado. Tudo parece tão vazio e incólume. Um incólume vazio, sendo preenchido por olhares de uma poetisa perdida. De um coração que não encontra um lar. De uma fechadura que perdeu sua chave. O vazio, só percebido quando é aquilo que você carrega no peito. Quando o mundo está do avesso, não conseguimos ver nada em linha reta. 

Chegar em casa. Jogar a roupa na cama e tomar um banho relaxante. Deixar que a água escorra para o ralo todo o peso do mundo que insisto em carregar sob meus ombros. 

A lua está cheia. Brilho resplandecente, discreto, mas aparecendo timidamente atrás de uma nuvem ou outra. Atrás da janela do quarto, inibindo seu brilho. Abro a janela, pois sempre que a vida me pesa, a lua descarrega com sua intensidade. Demonstra que tão bela pode ser, mesmo que eu não a note na maioria das vezes.  Descarrego todo o meu pesar ali, pois eu também sou o escuro da noite. Clarice já dizia. 

Descarrego o peso, pois apesar dos pesares, a vida é muito mais do que o mero vazio que vemos quando não nos damos conta da imensidão que há por trás de cada espaço sem preencher. A vi(da)sta pode ser bonita lá fora. Só não se esqueça de abrir a janela. 

06/06/2015

Eu só queria o seu amor!

Eu só queria que você tivesse me amado, com a mesma intensidade que te amei. Que entrelaçasse seus dedos longos e finos sob os meus, tão pequenos. E entre um suspiro e outro, permitisse que nossos olhos se cruzassem, e permanecessem em uma dança silenciosa que seria compreendida pelo fundo de nossos olhares, durante alguns segundos. Entre um suspiro e outro, você morderia os lábios, e me beijaria suavemente, embalando a dança de nossos olhares numa sincronia com nossos corpos. Nossos corações, colados, um ao outro, batendo freneticamente até alcançarem o mesmo ritmo.

Saying I love you
Is not the words I want to hear from you 

Eu só quis, que durante algum momento, você tivesse percebido o quanto poderíamos ter dado certo, E que tudo, teria sido diferente, se não fossem as escolhas. As circunstâncias. E mesmo depois de tudo acabado, queria permanecer para sempre contigo, como uma lembrança boa. Não entendo essa mania que as pessoas têm em guardar rancor de um relacionamento que existiu, de dizerem que foi tudo em vão e não valeu a pena.

It's not that I want to 
Not to say, but if you only knew 

Valeu! Enquanto deu para levar. E se não foi o que buscávamos um para o outro, certamente foi aquilo que precisávamos aprender. Sabe, as vezes, um relacionamento acontece certo, mas por motivos tortos e desviados. Mas tudo bem! Pelo menos para mim, sei que foi tudo tão legal enquanto durou. Foi tudo tão bom, e tão enigmático. Embora, com um tanto de desavenças as vezes. Foi tudo "tão"! Tão tudo, menos, um amor com a mesma intensidade.

How easy it would be to show me how you feel 

Eu só quis que você me amasse. Sei que já me disse aquela vez "Eu amo você!". Senti pelo seu respirar e a forma como me olhou, pela primeira vez, nos olhos, que foi um alívio para você ter dito aquilo. Assim como foi um alívio no fundo do meu peito, enquanto meu coração batia descompassado; ao ouvir aquilo. E não ter precisado ser a primeira a dizer uma frase tão cheia de sentimentos.

More than words is all you have to do to make it real 

Sei que disse. Mas, apesar de ter ouvido do som de sua voz, que me amava, nunca senti. Nunca senti aquele amor, com a mesma intensidade a qual eu sentia. Você disse. Mas nunca foi capaz de demonstrar esse amor. Nunca mostrou a mim, que era verdadeiro. Entenda, querido, que o que precisamos, não é ouvir de alguém um "Eu te amo". Mesmo que sincero. Precisamos, ver esse amor. Sentirmo-nos amados vale mais do que quantos, e quaisquer "Eu te amo" que sua garganta possa gritar. Consegue compreender isso?

Then you wouldn't have to say that you love me 
Cause I'd already know. ♪♫

O que eu queria, era que você me amasse. De forma intensa. Verdadeira. Da mesma forma como amei você. Como amo!