27/05/2015

Você acredita em vida após o amor?

Sou um quebra-cabeças de 1 milhão de peças. Me desfaço toda vez que um relacionamento acaba, e em meio uma peça perdida e outra, busco um recomeço. Junto as peças novamente, tento encaixes diferentes. Mas afinal, quem consegue o encaixe perfeito de 1 milhão de peças tendo meros 18 anos? 
Frustro-me! Jogo tudo para o alto e não quero mais saber de fazer tantos encaixes diferentes e não obter nenhum resultado. Pego as peças novamente - até mesmo aquelas que deixei caírem embaixo do sofá -, e tento mais uma vez. Afinal, a vida é um eterno quebra-cabeças de 1 milhão de peças. Uma hora, com insistência e paciência, as coisas começam a encaixarem-se em seus devidos lugares. 

Escrevo sobre o amor. Em uma metáfora pífia - que deve ter caído embaixo do sofá com alguma peça -. No meu próprio modo de disfarce para dizer à você que, se não deu certo ainda, então talvez a culpa seja sua. Por estar colocando peças de pontas em espaços de cantos. Por tentar, acreditando que de algum modo possa dar certo, pegar peças de outros quebra-cabeças para encaixar no seu. Quando não é para ser, meu amigo, não adianta. Ficar forçando algo que você sabe que não está certo, fará apenas com que, mais cedo ou mais tarde, se dê conta de que enquanto tentava colocar uma peça que não servia naquele espaço que faltava, a peça correta estava bem ali. Abaixo do seu olhar. 

Ou talvez, seja a peça que caiu embaixo do sofá. Nunca se sabe aquilo que estamos deixando passar. 

E mais uma vez, eu escrevo sobre o amor. Do meu jeito confuso e bagunçado, mas você me conhece. Sabe que sou assim. Esse é meu jeito. E nada - nem ninguém -, pode mudá-lo (a não ser eu mesma, mas aí, já é outra história). Escrevo de um jeito confuso e bagunçado, pois talvez na confusão de minha mente, você também se perca em minha bagunça, e se ache. Escrevo sobre o amor. Com todas as metáforas. Com todos os pleonasmos. Escrevo sobre o amor, como forma de dizer que existe vida após você ser dilacerado por ele.Afinal, sempre existirão outras combinações, certo? 
Escrevo sobre o amor, por acreditar que aquilo que eu já passei, você também já possa ter passado, entende? Não adianta balançar a cabeça e dizer que não. E não se faça de duro, pois quando se trata de coração, todo mundo já teve alguma ferida. 

Se não teve, infelizmente, ainda terá. O fato é, todo mundo quer um relacionamento verdadeiro e que dê certo. Até mesmo eu, que sou a Rainha do Gelo. Ou até você, que cansou de se doar demais, e receber de menos. Mas olha, existe vida após o amor. Você acredita nisso? Então, por quão difícil seja, toda tempestade um dia acaba, e o Sol sempre renascerá. Muitos outros relacionamentos virão. Talvez melhores. Talvez piores. Mas de todo modo, se eles não te dão aquilo que você procura, te ensinarão o que você precisa. Sem experiências amargas, raramente estaremos preparados para aquela que dará certo. 


Mas não se preocupe com isso agora, afinal, são 1 milhão de peças. Se não deu certo ainda, tente mais um encaixe. E mesmo que demore até a peça final, sempre existirá vida após o amor para você tentar uma vez mais. 

23/05/2015

Sonho sem paixão?! Acho que não!

"Forte é aquele que não desiste dos seus sonhos mesmo com tantas dificuldades no caminho."

Quem nunca teve um sonho grandioso, que atire a primeira rosa. Sem pedras, por favor! E quem, então, nunca quis jogar tudo para o alto no primeiro fracasso? Quando as suas ambições passaram a não fazer sentido algum. Nem para os outros. Muito menos para você. E quantas vezes mais, não se desesperou com tanta coisa dando errado ao mesmo tempo, quando o que você ambicionava, era uma simples chance de acertar? Mas o que importa, afinal, se depois dessa tempestade, veio a calmaria. Elas sempre vêm.

Não existe forma de errar para sempre, e, por muitas vezes, é após bater em alguma tecla errada que as coisas podem funcionar.
Você só não desiste de algo, quando tem paixão envolvendo o seu sonho. Pense no desejo mais profundo que sua alma pode ambicionar, como um apaixonado que busca de todas as artimanhas possíveis para conquistar sua amada. Aquele que é apaixonado por seus sonhos, por aquilo que faz ou que deseja fazer; não desiste. Ele insiste, persiste, e quando esgota sua energia, renova suas forças e parte para a luta uma vez mais.

Não aceita a derrota que vem fácil. Não para, até chegar onde queria. E se não chegou no caminho exato, talvez tenha percorrido mais curvas na estrada e aberto portas maiores. Nunca nada vai sair do jeito que planejamos, mas o pior que pode acontecer, é ser surpreendido. Positivamente, de preferência!

Ah, meu caro, quem tem paixão em seus sonhos, já possuí meio caminho andado. E tendo isso, o restante é apenas busca. Entre o não desista. O insista. E o persista.
Quem tem paixão em seus sonhos, não fracassa. Ele erra, para aprender. Muda as estratégias. Mas não aceita o não como resposta. O pior tipo de fracasso que pode existir, é desistindo antes de testar todas as possibilidades que existem.

Uma vez, enquanto procurava algo interessante no YouTube, encontrei um vídeo do Jim Carrey discursando em uma colação de grau. Entre todas as coisas que disse, a que mais chamou a atenção, foi a lição que ele aprendeu com o pai dele. Seu pai sempre teve o sonho de ser um grande comediante, mas nunca resolveu arriscar, tornando-se um contador numa carreira estável. Ele foi demitido do emprego. E a lição que Jim passou, é que você pode fracassar até mesmo fazendo aquilo que você não quer. Então, permita-se uma chance de fazer aquilo que se ama.

E faça com toda paixão possível. O caminho pode até tornar-se amargo vez ou outra, mas chegar ao seu destino, vai fazer valer a pena. Seja qual for o seu sonho, faça com paixão. Faça com amor! O resto, a vida se encarrega de trazer. 

11/05/2015

22 conselhos de Stephen King para escritores

King é um escritor notável. Quanto a isso, não tem o que discutir! Com dezenas de livros publicados, milhões de exemplares vendidos, e muita gente com insônia após algum livro dele, filmes baseadas nos livros, séries. Ele escreveu um livro (On Writing: A memoir of the Craft, que lerei em breve, assim espero eu), dando diversas dicas para escritores, que nada mais são, do que suas próprias experiências no ramo (e que experiências, diga-se de passagem).
Encontrei em um site (fonte abaixo do texto), no qual 22 dicas do mestre foram postadas, e achei super relevante. Para quem não conhece, aí vai:

1. Pare de assistir à televisão. Ao invés, leia tanto quanto puder
Se você for um escritor iniciante, sua televisão deve ser uma das primeiras coisas a serem eliminadas. É “venenosa à criatividade”, diz Stephen.  Os escritores precisam olhar para dentro de si mesmos e direcionar a atenção à vida da imaginação.
E para tanto devem ler o máximo possível. King leva consigo um livro a todo lugar que vai e lê até mesmo durante as refeições. “Se você quiser ser um escritor, deve fazer duas coisas acima de todas: ler muito e escrever muito”. Leia muito e trabalhe constantemente para refinar e redefinir seu trabalho enquanto lê.
2. Prepare-se para mais falhas e críticas do que pode lidar
King compara escrever ficção a travessar o Atlântico em uma banheira, pois em ambos “há inúmeras oportunidades para duvidar de si mesmo”. Não apenas vai duvidar de si mesmo como também haverá outros duvidando de você. “Se você escrever (ou pintar, dançar, esculpir ou cantar, acredito) alguém irá tentar te fazer se sentir mal por isso”, King escreve.
Constantemente você tem que continuar escrevendo mesmo quando não está com vontade de fazê-lo. “Parar um trabalho apenas porque é difícil, seja emocionalmente ou por bloqueio de criatividade, é uma má ideia”, ele escreve. E quando falhar King sugere que continue otimista. “Otimismo é uma resposta perfeitamente adequada à falha”.
3. Não perca seu tempo tentando agradar as pessoas
De acordo com King, a grosseria deve ser a menor de suas preocupações. “Se você pretende escrever da forma mais verdadeira possível, seus dias comomembro da sociedade bem-educada estão com os dias contados”. King costumava se envergonhar do que escrevia, especialmente após receber cartas que o acusavam de ser preconceituoso, homofóbico, sanguinário e até mesmo psicopata.
Por volta de seus 40 anos, percebeu que todo bom escritor já fora acusado de não possuir talento algum. King resolveu esse dilema definitivamente. Ele escreve: “Se você não aprova o que escrevo, posso apenas dar de ombros. É só o que tenho”. Como não poderá agradar a todos os leitores o tempo todo King aconselha que pare de se importar.
4. Escreva principalmente para você mesmo
Você deve escrever porque isso traz felicidade e satisfação. “Eu escrevo pelo puro prazer do ato, e se você puder escrever por prazer, você pode escreverpara sempre”.
O escritor Kurt Vonnegut fornece um insight parecido: “Encontre um assunto com o qual se importa e que sinta que outros também vão se importar. Será este genuíno cuidado – não seu jogo de palavras – o mais sedutor e cativante elemento em sua escrita”.
5. Enfrente o que for mais difícil escrever
“As coisas mais importantes são as mais difíceis de dizer”, King escreve. “São aquilo de que você sente vergonha porque palavras degradam seus sentimentos”. A maioria das grandes obras são precedidas de horas de reflexão. Segundo King “A escrita é o pensamento aprimorado”.
Ao abordar assuntos difíceis certifique-se de ir a fundo. King diz “Estórias são objetos encontrados, como fósseis no solo… Estórias são relíquias, partes de um desconhecido mundo pré-existente”. Escritores deveriam ser como arqueologistas que escavam por tanta história quanto podem encontrar.

07/05/2015

|Resenha| Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas

Foto tirada enquanto eu deveria estar prestando atenção na aula. Faz parte! 

Editora: LeYa
Páginas: 438
Autor: Raphael Draccon 
Gênero: Ficção - Literatura juvenil 
Título: Caçadores de Bruxas 
Trilogia: Dragões de Éter
Sinopse: Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. 
Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. 
Primo Branford é hoje Rei de Arzallum, e e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... 
Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. 
E mudará o mundo. 
 Aposto que muitos de vocês já terão lido esse livro - ou melhor, a trilogia toda -, afinal, Raphael os publicou há um bom tempo, e repercutiu muito bem Brasil afora, como um grande sucesso da literatura nacional em fantasia. 
 O livro destaca-se por criar - ou melhor, descobrir, como o próprio autor cita em uma parte -, o universo de Nova Ether, onde todos os contos de fadas juntam-se de forma magnânima, apresentando personagens mais fortes e intensos do que nas famosas historinhas de bardos. 
 De forma criativa, ele consegue encontrar explicações sobre o porquê de alguns fatos terem ocorrido nos contos que sempre nos deixaram instigados, como por exemplo, por que raios a mãe da Chapeuzinho deixaria uma menina de 9 anos andar sozinha pela floresta, para ir à casa de sua avó? Ainda mais, com um lobo perigoso a solta. #quemnunca. 
 Bem, o livro começa basicamente com a apresentação dessa personagem, o ocorrido e como ela foi salva e que aquele evento mudaria sua vida para sempre. Afinal, uma garota de 9 anos de idade, vendo sua avó ser devorada por um lobo grotesco, é de traumatizar qualquer um. Achei bacana a explicação que o Draccon deu para o chapéu dela ser vermelho (que na realidade, era branco no início, mas ficou vermelho de sangue da avó). A personagem é conhecida pelo nome de Ariane, e ela possui um carisma tão agitado, que foi difícil não me encantar com ela. Por inteiro! 
 A primeira parte, basicamente, explica a estória dos personagens e os apresenta. O barato do livro, é ir descobrindo quem são os personagens conforme os contos de fadas. 
 Os capítulos são bem curtos, o que acaba sendo uma jogada interessante. Sabe quando você começa a ler, e pensa: Só mais um capítulo? E quando menos percebe, já leu 100 páginas, e olhe lá. 
 A leitura é bem fluída, com um narrador onisciente. Percebe-se que o Raphael é mais do que um escritor. É um verdadeiro contador de histórias, pois em diversos momentos da narrativa, senti que ele estava realmente contando a estória para mim, e não simplesmente jogando os fatos. Essa aproximação de leitor com o autor cria uma sincronia tão interessante, que você se sente realmente parte de tudo isso. Ainda mais, com um capítulo especial que o Draccon escreveu, apresentando à si mesmo. Okay! Não vou dar spoilers sobre isso.  
 O livro todo é dividido em três atos, o final de cada um, puxando um gancho para o próximo. É o tipo de livro que se você pegar para ler mesmo (desde que você não tenha que trabalhar, estudar ou fazer um TCC), você lerá em um final de semana. Li em três semanas - ninguém precisava saber -, tendo terminado as últimas 30 páginas entre uma aula de português e uma de TGA. 
  A única crítica que tenho a fazer, é que em certos pontos, o narrador cortou alguns clímaxes bem intensos, para fazer alguma explicação aleatória sobre o assunto. Ou então, quando o narrador explicava basicamente tudo, não deixando nem pelo menos um pequeno mistério no ar. Mas são coisinhas bobas que dá para relevar. 
 No geral, se você ainda não o conhece, super recomendo. Confesso à você que em alguns momentos fiquei confusa, um tanto perdida e com vontade de abandonar tudo, mas o final fez valer a pena. E como uma amiga minha me disse uma vez, nessa trilogia, um livro é melhor do que o outro. 
 Sendo assim, que venha Corações de Neve, o segundo livro. 

03/05/2015

Se tudo fosse fácil!

   
  Se tudo fosse fácil, eu deixaria a preocupação de lado. Escalaria a mais alta montanha, e mergulharia no oceano sem medo do gosto salgado. Deixaria as rimas baratas. Só me contentaria com Cecília Meireles, e olhe lá.

   Se simples assim fosse, eu viveria cada dia por mim mesma, sem pesar as consequências do amanhã. Não daria limites para minha liberdade de ser quem eu quiser. Amaria! Simplesmente pelo amor. Pela vida. Por você. Amaria, mesmo se não me amares de volta.

    Se simples assim fosse, descansaria meus ombros, e entre um respirar e outro, suspiraria em paz. Não pensaria antes de tomar qualquer decisão, pois independente do caminho, sei que acertaria. Se fosse fácil, eu não me culparia tanto quando as coisas dessem errado, já que, elas raramente dariam.

    Se assim fosse, uma música ou outra não seria capaz de remexer tantos sentimentos adormecidos, e bagunçar com aquilo que ainda existe e não era para estar ali. Quando o café começa a ficar muito amargo, uma leve mexida no copo pode fazer o açúcar do fundo adocicar o que resta.

    Se não fosse tão complicado, poderia escolher o caminho mais viável. Onde a felicidade estaria na trajetória, e a imensidão de alegria, no êxito da chegada. Eu poderia voltar atrás, e refazer o que não saiu bem feito. Poderia eu, jogar tudo para o alto sem que as consequências pesassem tanto. Poderia!

    Olha só, amigo, se fosse fácil assim, eu não pesaria tantas coisas em minha mente. Não precisaria ter receio do futuro, angústias do passado. O que importa é o hoje, certo? Se assim for, eu finalmente suportaria que existem certas coisas, que é melhor deixar ir. Eu admitiria, que não existem palavras suficientes para dizerem tudo aquilo que se passa dentro de mim. Se for simples, você me entenderá com um verso rabiscado, uma frase malfeita, ou um texto inacabado.

   Se tudo fosse fácil, não permitiria você me olhar nos olhos, e causar esse efeito devastador sobre mim. Se fosse simples, eu evitaria seu toque, fugiria de seu sorriso, e não entrelaçaria os dedos em seu cabelo preto. Se fosse fácil, eu fugia. Para longe do seu olhar, do seu sorriso, do seu cabelo preto. Para onde, nada disso causasse um efeito devastador em mim.

   Se tudo fosse fácil!