18/03/2014

Resenha - Suicidas

Editora: Benvirá
Autor: Raphael Montes 
Título: Suicidas 
Ano de publicação: 2012
Onde comprar: Saraiva 
Skoob: Suicidas
Site do autor: Raphael Montes
Comecei a ler este livro sem muitas expectativas. Uma amiga havia lido e praticamente me intimou a ler também. Ela me emprestou sem que eu pedisse e disse que eu não me arrependeria. Bem, essa minha amiga é extremamente sincera, e quando ela diz que um livro é ruim, não hesita em tacá-lo na parede e gritar que é ruim. Então, já que ela estava afirmando o contrário, não pude deixar de dar uma espiadela no conteúdo de Suicidas.
Só não pude imaginar que essa amiga poderia estar tão correta. Há mais ou menos 1 ano e meio, não leio nenhum livro que me prendesse da forma como ocorreu com Suicidas. Para vocês terem uma ideia, quando estava chegando nos últimos capítulos, simplesmente não consegui sair de casa ou fazer outra coisa a não ser terminar de ler este livro genial, com direito a final surpreendente, onde tudo se esclarece, mas uma nova dúvida fica no ar: será o autor um personagem, ou o personagem o autor?

A história do livro: "Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar."

 De forma instigante e misteriosa, o livro começa com Alessandro nos apresentando ao Cyrille's House, onde ele e oito amigos vão, na intenção de se suicidarem. Cada um tem um motivo para querer cometer o suicídio, mas há um motivo muito maior por trás. Então, desde o início, já sabemos que todos eles irão morrer (ou será que não? haha). Mas o que precisamos descobrir, são os motivos que os levaram a isso.
Um ano após o ocorrido, a delegada que está cuidando do caso, Diana Guimarães, reúne todas as mães dos jovens, para trazer à tona uma nova pista que poderá ajudá-los a solucionar este caso: um caderno, onde o personagem principal, Alessandro, conta em primeira pessoa, tudo o que estava acontecendo no porão aquele dia, morte após morte, até nossos olhos se voltarem para a única mente psicopata possível, o que descobrimos no fim, estar completamente errado.
Durante o jogo no porão, descobrimos grandes traições, a ganância e falsidade por trás das pessoas.
Questões sérias são abordadas, como o estupro, homossexualidade e ganância, o que nos leva a refletir até qual ponto uma pessoa é capaz de chegar para conquistar aquilo que deseja.
* imagens retiradas do facebook do autor 

Hoje é a primeira vez que pisaremos em Cyrille's House sem a presença dos nossos pais. Também não poderia ser diferente. Não estamos indo para brincar no balanço ou nadar na piscina enquanto nossas mães conversam sobre a última moda em Paris. Desta vez, iremos por algo muito mais sério: Nós decidimos nos matar. 
Notas: A história é contada em quatro narrativas, por assim dizer: a do caderno, em tempo real com o que estava acontecendo; a gravação da reunião de mães na delegacia; a narrativa normal pelo Alessandro, apresentando fatos ocorridos antes da tragédia, e por último, as cartas no final, que revelam cada detalhe que estávamos curiosos a salientar.
Leiam esse livro, garanto que não se arrependerão. Eu, como fã de um bom romance policial, posso dizer que este livro foi um dos melhores que já li. É interessante e intrigante a forma como o autor consegue prender nossa atenção do início ao fim.

Pontos positivos: Amei o livro por inteiro, mas tem duas coisas que me fizeram ficar falando desse livro por dias com minhas amigas. Um deles, é a data de publicação do livro. Isso só quem já chegou na penúltima página do livro vai entender, mas ela tem uma forte relação com o que está acontecendo dentro da história, o que a torna mais realista.
O outro ponto positivo, foi a forma como o autor se fez presente dentro do livro.
Isso é para poucos, e Raphael Montes conseguiu com grande exito. Agora, vamos esperar a estreia de Dias Perfeitos (novo livro do autor), para nos deliciarmos um pouco mais com esse jovem autor, que certamente, é uma promessa para a literatura policial brasileira.

2 comentários:

  1. Olá, estou a escrever uma de minhas primeiras histórias, e criei o blogue para posta-la ontem a noite. E ficaria realmente agradecido se você desse uma olhada, sou leitor do seu blog a muito tempo, e gostaria da sua opinião http://mundo-anonimo.blogspot.com.br/

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