17/01/2013

Um fundo de verdade!

Recentemente, no texto "Meu querido...", o leitor Igor, do blog 7 things comentou sobre aquele texto que tudo o que escrevemos, não importa se seja fictício ou não, tem uma verdade sobre ele. 
Passei algum tempo refletindo sobre o assunto, e cheguei a conclusão de que ele está certo. 
Aquele texto era fictício sim, e teve como inspiração um livro que eu havia lido. 
Mas o que havia de fictício ali? 
Quase tudo, afinal, o casal apresentado não existe (pelo menos, não é uma experiência amorosa minha). 
Era apenas uma carta (já que eu amo escrever cartas) de uma garota/ mulher que havia perdido o namorado/marido de forma abrupta. 
Ele a poderia simplesmente ter deixado, ou morrido, mas não descrevi isso (fica a critério de vocês). 
Estava analisando o texto, e percebi que direta, ou indiretamente, havia muito de mim ali dentro. 
Não na história do casal, mas no fato da mulher fictícia ter sido abandonada, esquecida por alguém que ela tanto amava, que pode ser a representação de algumas amizades que já não fazem parte da minha vida como antes. O que reforça essa ideia é o fato de que eu escrevi em forma de carta o texto, e já escrevi muitas cartas para elas, como representação dessas amizades. 
Mas, no texto/ carta, o homem (ao qual a carta se destinava) pode ter morrido, o que em minha vida poderia representar a partida sem volta de duas pessoas que foram tão queridas para mim: meus avôs (tanto materno, quanto paterno). 
Eu penso neles sempre, mas esse sentimento de saudade apertou mais ainda em meu peito desde que fui visitar o cemitério em que um deles está enterrado. 
Então tá, mas onde entra o romance nisso tudo? 
Eu sou a pessoa para quem meus amigos geralmente desabafam, então, quando se trata de desilusões amorosas, eu tenho muito material para escrever com base em tudo que já ouvi, rs. 
E fora também os livros que já li sobre o assunto. 

Ok, encerrando por aqui assunto depressivos, rs. Deve ser entediante para vocês terem uma autora que só escreve sobre assuntos melancólicos, não é mesmo? 
Mas acontece que eu preciso (frequentemente), desabafar com alguém. 

P. S.: Tenho muitos textos depressivos/emocionantes guardados, mas não sei se postarei. Tem também uma "Carta para Deus", talvez eu postarei aqui mais tarde. 

Beijos,

Juliana Rodrigues. 

10 comentários:

  1. Oi Ju! Ele tem mesmo razão. Eu penso que tudo tem uma verdade, por mais que não pareça ser.

    Eu não me importo com textos depressivos/emocionamentes não, viu?

    Beijos,
    Gabi - leitoraonline.blogspot.com.br

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    1. Olá Gabi,
      own, fico feliz que não se importe com textos depressivos*-*
      As vezes acho que as pessoas enjoam disso (realmente, se for muito repetitivo). Obrigada,

      beijos.

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  2. É, Ju, não podemos guardar nada dentro de nós, afinal isso nos faz mal. Esses autores escrevem às vezes esses assuntos "melancólicos" por motivos pessoais ou até mesmo por diversão, apenas. Quando estou com algo encurralado na minha garganta, não consigo falar, apenas escrever... Beijão!

    Ju, do Epílogos e Finais.

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    1. Olá Ju,
      escrever algo melancólico por diversão? Acho difícil, rs, no meu caso, pelo menos não,

      beijoos.

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  3. Ah, sempre tem um fundo de verdade, mas nem sempre tem. Entende? Pode ter algo que você escutou de um amigo, algo que uma pessoa próxima vive e você "incorpora"... Nem sempre precisa ser com a gente em específico.

    Beijo,
    entaoqsd.blogspot.com.br
    confesionesenpalabras.blogspot.com.br

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    1. Olá Bruna,
      Entendi o que você quis dizer. A verdade está no que o outro disse ou sente, mas o texto é escrito em suas próprias palavras, o que faria do texto um fictício, mas ao mesmo tempo não... acho que é isso, rs,

      beijoos.

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  4. Oi, Ju! O Igor tem razão: tudo que escrevemos, no fundo, tem alguma parte de nós mesmas. E eu adoro seus textos, mesmo que sejam tristes! Beijinhos, StarGirlie.

    www.babistargirlie.blogspot.com

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    1. Olá Star,
      Fico tão feliz em saber isso, rs.
      As vezes eu não sei se as pessoas gostam ou não de textos tristes, rsrs,

      beijoos.

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  5. OOOi Ju, estava lendo e tenho que concordar com o Igor, realmente geralmente nossos textos tem um pouquinho do que sentimos, do que vemos ou do que queremos.
    Os meus textos sempre são inspirados em algo, as vezes alguma coisa aconteceu de verdade outras vezes eu queria que tivesse acontecido ou na maioria das vezes eu vejo alguma coisa e resolvo escrever sobre ela.

    Beijinhos Bi

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    1. Olá Bia,
      concordo contigo, especialmente no ponto de escrever sobre algo que viu.
      Pode ser na rua, com sua família, ou um amigo, mas boa parte das coisas que vemos diariamente podem resultar em uma boa história (ou um simples texto).

      Beijos.

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