26/01/2013

Capítulo 6 - Parte 2

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No capitulo anterior: 
- Uma das garotas que estão brigando é Joanne. 
- Legal! - falei mais animada. 
- A outra está apanhando feio. - ela disse, com expressão triste. - É Nicole. 

Agora: 
Capítulo 6 - Parte 2 
Meu sorriso logo se desfez de meu rosto.
- Nós temos que ir ajudá-la. - eu disse, tentando empurrar algumas bruxas que estavam à nossa frente, mas nenhuma pareceu se mover.
- Não adiantaria. - ela respondeu. - Eu soube que essa Joanne era uma encrenqueira da primeira vez que coloquei os olhas nela.
- Mas o que Nicole fez para ela??
- Eu não...
Ela parou de falar abruptamente, e todas as outras garotas também fizeram silêncio, pois Nicole e Joanne agora estavam gritando uma com a outra.
- Eu sei o que você fez. - gritou Joanne, acertando um soco na barriga de Nicole.
- Você é uma maluca encrenqueira. - Nicole disse, se afastando. - Eu não tenho culpa pelo que aconteceu.
- Você acha que não? - disse Joanne, respirando fundo. - Eu sinto seu cheiro.
Franzi o cenho quando ouvi aquilo.
O que sentir o cheiro dela tinha a ver com a situação que nos encontrávamos?
Provavelmente era algum perfume da Chanel, mas isso não vinha ao caso.
Nicole recuou, parecendo perplexa.
- Ora, sua...
Antes que ela pudesse concluir a frase, Ellen estava avançando e me puxava junto.
- Podem parar com isso! - ela disse, daquele jeito autoritário que poucas pessoas tinham. - Quem não for usar o banheiro para suas necessidades faça o favor de se retirar.
Ninguém se moveu.
Ela respirou fundo, fechou os olhos. Em seguida, inspirou e abriu os olhos gritando:
- Saiam! - sua voz soou de uma forma aterrorizante. - AGORA!!!!!!
Algumas meninas começaram a sair, ficando ai apenas aquelas que usariam o banheiro com um fim útil.
- Já pensou em ser monitora? - perguntei para Ellen assim que boa parte das garotas já estavam fora do banheiro.
- Na verdade, já! - ela respondeu, com seu jeito durão de ser.
- Vocês duas para a diretoria, agora. - Gritou uma voz ainda mais brava do que a de Ellen... era Mary Anne, a monitora irmã de Nicole.
- Mas, mana...
- Não me faça falar outra vez. - Mary disse, lançando um olhar ameaçador para ela.
Antes de saírem, puxei Joanne pelo braço e disse em seu ouvido:
- Seja lá o que você tiver feito para ela, você vai pagar. - depois disso, eu e Ellen saímos do banheiro.
******************
- Você acha que o diretor dará um castigo muito ruim à ela? - perguntei para Ellen, quando já estávamos nos jardins do colégio. 
- Eu creio que o castigo seja subir até a sala do diretor. - disse ela, pensativa. - Vamos ao ginásio de esportes? 
- Mas não iríamos com Nicole? 
- Ela não está aqui. E não estou com vontade de esperar por ela enquanto ela se diverte tomando uma bronca básica do diretor e de sua própria irmã. 
Não pude fazer nada além de concordar com ela, dando de ombros. 
- A Mary Anne é muito durona.
- Apenas aparentemente. - disse Ellen, enquanto nos aproximávamos do Bloco III. 
- O que quis dizer com isso? - perguntei, levantando uma das sobrancelhas. 
- Bem, essa é uma história que deve ficar apenas entre nós, ok? - após ver meu assentimento, ela continuou. - A família Carpenter é realmente muito rica... 
- Me desculpe, mas... Família Carpenter? 
- Sim, a família a qual Nicole e Mary Anne pertencem. 
- Ah, entendi, ok! 
- Continuando. - disse ela, revirando os olhos. - Eles são muito ricos, e houve uma época em que Mary Anne tinha a postura de uma princesa. Bonita, sociável e delicada, era quase uma porcelana, que se não fosse manuseada com cuidado, poderia quebrar-se. 
- Difícil acreditar! - disse eu, mas logo me arrependi quando vi o olhar ameaçador de Ellen sobre mim. - Desculpe-me. 
- Desde que não se repita, não há problemas, Natalie. - ela disse, e retomando o relato. - Era assim por influência de sua mãe. Mas, algum tempo atrás, ela se cansou e resolveu se rebelar. Saía escondida da mãe, e mantinha um namorado secreto. Na mesma época, Mary entrou escondida no quarto da mãe, onde ela encontrou um diário antigo. Ela foi apanhada e seu castigo foi tão severo, que Mary começou a se fechar para tudo. Ela meio que ficou traumatizada pelo que a mãe fizera... e mudou. Deixou a garota meiga para trás, e a rebelde também. A punição da mãe a transformou nessa garota que não abre um sorriso para ninguém e sempre está má-humorada.
- Mas, qual foi a punição, afina? - perguntei, curiosa. 
- Ninguém sabe ao certo. - Elle respondeu, pensativa. - Tudo que sei é isso. Mas toda vez que encaro Mary Anne fixamente em seus olhos, eu sinto que a antiga garota está adormecida ali, apenas esperando se livrar das garras da mãe para ser feliz. 
Fiquei pensativa. Os últimos dias estavam tão confusos para mim que não sei como eu assimilaria tantas informações novas. 
Pelo visto, naquela escola, nem tudo era o que parecia. 

8 comentários:

  1. Todo mundo se engana com alguma coisa... eu imaginava algo da escola que estudo, mas é totalmente diferente D;
    Aos Dezesseis Anos - Blog | Twitter | PageFB

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    1. Olá Esté! Realmente, muitas coisas não são como parecem, kkk,

      beijoos.

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  2. Oiie Juu. Esse capítulo foi um dos melhores, sempre quis saber o porquê da Mary Anne ser daquele jeito.

    Beijoooooos e aguardo o próximo.

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    1. Olá Mari! Eu deveria ter revelado isso só nos próximos capítulos, mas tive a necessidade de revelar esse segredinho da Mary Anne aqui rsrs,

      beijos.

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    2. Ainda bem, né??? kkkkk, e como já disse e não canso de repetir, pode dar spoiler, eu não ligo, bjooooos

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    3. Kkk, pode deixar, vou disponibilizar alguns spoilers em breve,
      beijos.

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  3. Oi Juliana, finalmente cheguei neste capítulo, eu estava um pouco atrasada. To adorando o livro, mesmo, por mais que voce se diga amadora, acho que terá muito sucesso.

    Beijos, até.
    :)

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    1. Own, obrigada Milena *-*
      Muito sucesso para nós, hehehe,

      beijos.

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