Eu já escrevi tantos textos com o tema "Saudades da Infância", que eu deveria colocar um marcador novo apenas para postar textos do gênero.Ha lembrança da infância, pois mesmo que o tempo passe, ela nunca apaga...Carlos Augusto
É tanta saudade que nunca acaba.
Mas é como dizem: Quanto mais você cresce e amadurece, mais saudades terá de sua infância.
Ok, acabei de inventar isso, mas a meu ver, é a mais pura verdade.
Em textos futuros eu poderei escrever sobre como crescer é bom e revigorante, mas não achem que eu sou bipolar.
São apenas fases da vida. Em momentos sinto que foi bom ter crescido, enquanto em outros prefiro a infância.
Já explicarei tudo com esse texto.
Sinto uma saudade terrível de meus tempos de infância, onde eu me preocupava apenas em fazer amigos, estudar (sem preocupação com vestibular e ENEM), brincar, entre algumas outras coisas.
Lembro-me que demorei um pouco mais do que as outras crianças para aprender a ler.
Para mim, aquilo era uma tortura!
Eu via a estante de meu pai repleta de livros mas era tão frustante não conseguir ler aquilo que estava escrito.
Tanto é que após aprender a ler, não parei mais.
Talvez para recuperar aquele tempo perdido, ou por descobrir que os livros me fascinavam mais ainda, não só por suas capas lindas e desenhos arrojados, mas também pelo conteúdo que mexia com minha imaginação.
Meu pai comprava para mim vários livros de contos de fadas!
O primeiro gibi da turma da Mônica que ganhei foi de um primo meu, e, era do Chico Bento.
O único do Chico que tenho até hoje, afinal, com o tempo, a magricela que come de tudo, mais conhecida como Magali, acabou me conquistando, e a maior parte de gibis que tenho são destinados à ela.
Lembro-me da ótima sensação de comer uma maçã-do-amor.
Há quanto tempo não como uma dessas?
Preciso de mais delas para adocicar meu coração.
Lembro de uma vez que cortei um vestido meu para colocá-lo em uma boneca.
Um ato de egoísmo de minha parte, pois todo branco com desenhos em preto, aquele vestido era lindo.
Nunca mais foi encontrado um igual!
Guardo muitas lembranças doces de minha infância, embora imagens de sofrimento sempre me venham à cabeça quando lembro daquele período... mas prefiro não entrar em muitos detalhes.
Eu gostava de usar batom caramelo (que hoje raramente usaria), não gostava muito de minha aparência física, e tinha problemas com auto-estima.
Era extremamente tímida, algo que estou lutando para mudar atualmente.
Sinto falta da tranquilidade, e mais ainda da ingenuidade que só temos uma vez na vida durante a infância.
Ah, bons tempos...
Mas como sempre, existe o outro lado da moeda!
Não que a vida seja um jogo de cara ou coroa, mas é sempre bom avaliar os dois aspectos de tudo.
Foi ruim deixar a infância, disso não tenho dúvidas, mas para todos males existem benefícios.
Quando se está crescendo, temos a sensação de que finalmente poderemos ser aquilo que sempre desejamos.
Independentes! Livres!
Finalmente não estaremos mais presos nas garras de nossos pais, e poderemos tomar nossas próprias decisões.
A adolescência é o tempo para ter toda aquela liberdade que nos faltava na infância, e, embora as responsabilidades aumentem, estamos começando a caminhar com nossos próprios pés, e não apenas caminhando na sombra de quem nos quer bem.
Mudar para amadurecer, crescer para nada mais volte a ser como era antes.
A vida muda, dá várias voltas, e mesmo com tantos tropeços e acertos diários, o que de melhor nos sobre são as lembranças de um passado que já foi mais doce do que maçã-do-amor.
Lembranças de um tempo onde tudo segundo nossa visão era meigo.
Lembranças de um tempo que talvez não tenha sido tão bom, mas que é a garantia de que o futuro será melhor.
Lembranças que mostram como a vida evoluiu.
São essas lembranças que guardaremos até ficarmos mais velhos, pois quando se atinge a terceira idade, lembranças são as melhores coisas que nos restam...
P. S.: A repetição da palavra "lembranças" foi proposital.
Um beijo à todos,
J. R.