24/11/2012

Capítulo 3 - Parte 1

No capítulo anterior:

"- Mas como vocês sabem que a mascarada chama-se Victoria? – perguntei, insistindo no assunto. – E qual o problema de me encontrar com ela?
- Querida... – começou vovô, colocando as mãos sob meus ombros. – Victoria está morta! "
Capítulo 3 - Parte 1 - A descoberta de um novo mundo 

20 de novembro de 2011




- Então, é por isso que pensou em Victoria quando Catherine disse que eu tinha visto um “fantasma”? – perguntei, aconchegando-me no sofá da sala em casa.
Meus avós tinham deixado Catherine na casa dela, pois diziam que este era um assunto de família.
- Sim. – vovó respondeu, vagamente.
- Você encontrou-se com ela? - perguntou vovô, curioso. - O que ela disse?
- Ela iria me contar algo antes de vocês chegarem. Ela falou algo sobre maldição, eu acho. E me pediu para perguntar à Paul e Anna toda a verdade. Vocês conhecem esses dois?
 Eles trocaram um olhar de cumplicidade.
- Bem, - vovó começou, pigarreando. – lembra-se que dissemos que você não fará o ensino médio em uma escola comum?
- Lembro sim, mas o que isso tem...
- Você achou que iria para uma escola particular, mas na verdade, não.
- Nós precisamos contar toda a verdade para você. - interviu vovô. - Nós somos Paul e Anna.
- Não pode ser verdade. - respondi, balançando a cabeça. 
- Mas é. Nós somos seus guardiões.
- Não, não. Vocês são meus avós. Apenas isso.
- Nós não somos seus avós, querida.
- Como não?
Eles se olharam novamente, como se já soubessem o que deveriam fazer.
Em um instante, a sala clareou totalmente e eu não consegui enxergar nada. Minha visão foi ofuscada por um intenso brilho alaranjado. 
Quando o brulho ofuscou, vi algo realmente inacreditável. 
Acho que a intensidade da luz alterou minha visão, pois no lugar de dois idosos, dois adultos estavam, embora com a mesma roupa. 
Ele era alto, seu cabelo era loiro e cacheado, que lhe caia sob o ombro. Era o mesmo homem que eu vira em meu sonho, com a diferença de ser um pouco mais velho. 
A mulher tinha cabelos bem pretos e lisos. Era alta, mas não tanto quanto ele, e aparentou ser mais jovem.
- Uau! Vocês têm que me ensinar a fazer isso!
- Você é realmente parecida com sua mãe... - anunciou vovó... ou melhor, Anna, dando de ombros. 
- Você conhece minha mãe? - perguntei, surpresa. 
- Sophie? Mas é claro! Foi uma das melhores entre as nossas.
- As suas o que? - perguntei, confusa. 
- Oh! Desculpe-nos. Ainda não lhe contamos tudo. - disse o homem. 
- Eu estou esperando. Para falar a verdade, já estou esperando há um bom tempo.
- Eu conto! – disse Anna, animada. 
- Você não acha melhor eu contar? - perguntou Paul.
- Você era amigo de Victoria. É claro que não. – ela respondeu, e eu não entendi nada. – Nós não somos pessoas comuns. Quero dizer, humanos.
- Eu acho que percebi isso 2 minutos atrás, quando de velhos vocês se transformaram em novos.
- Não é tempo para brincadeiras ou sarcasmo. - disse vo... Anna, levantando o lábio superior. 
- Não foi brincadeira, muito menos sarcasmo. - disse eu, tentando me justificar. 
- Tudo bem, tudo bem. Vamos ao que realmente interessa. – anunciou Anna, parecendo irritar-se. – Nós morávamos em um outro... lugar. Apropriado para pessoas da nossa espécie. Lá é como aqui, só que... melhor.
- Você vêm da linhagem Dolman. Filha de Sophie e neta legítima de Sarah Dolman. Ambas grandes guerreiras.
- Que ótimo, hein? – exclamei, excitada.
- Não nos interrompa, por favor. – pediu Paul.
- Enfim! – disse Anna, retomando o relato. – Sua família é muito importante. Mas, é como dizem, com grandes poderes também vêm grandes responsabilidades. E inimigos!
- A família Dolman atrai olhares invejosos por sua riqueza. Entre os maiores, está Callum.
- Temível por seu poder e crueldade. Há anos não se têm notícias sobre ele, mas ao que tudo indica, ele deixou um filho, que pode ser tão cruel quanto o pai...
- E está em busca de vingança, da última Dolman viva. – ela fez uma pausa. – Você!
- Eu? Mas o que foi que EU fiz?
- Você? Nada. Mas como eu disse, a família Dolman atrai muita inveja. Sua família foi amaldiçoada. Uma terrível maldição que...
- Que maldição?
- Bem, nós não sabemos. Apenas a família Dolman sabe.
- Mas você disse que eu sou a última Dolman viva.
- Exatamente.
 - Isso quer dizer que a maldição morrerá comigo ou...?
- Nós não sabemos. Só existem dois modos de se conhecer a maldição.
- E quais são eles?
- Abrindo o diário de Sarah Dolman, e seguindo as instruções que nele estiverem.
- Fácil.
- Não se precipite. Desde que Sarah Dolman morreu ninguém nunca conseguiu abri-lo. A única forma de fazê-lo seria encontrando a chave. Mas esta foi perdida.
- Ótimo! – exclamei, descontente. – E qual a segunda forma?
- Se você se encontrasse com o filho de Callum. A família dele lhe jogou essa maldição, ele deve saber como quebrá-la.
- Ótimo! Onde encontro ele?
- Você não pode.
- E por quê não?
- Não seria uma atitude muito sensata procurar alguém que deseja matá-la. Além do mais, a quebra da maldição salvaria sua vida, mas acabaria com a dele.
- Eu não sei se entendi.
- Você entenderá com o tempo. Mas agora, faça as malas. - pediu Paul. 
- Onde nós vamos?
- Permanecer aqui pode ser perigoso. Levaremos você amanhã cedo para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Amanhã, você conhecerá um mundo que é totalmente nosso. 
*** 
Ainda tenho que decidir o nome que darei 
para esse 'mundo' e quais criaturas eles serão... 
Sério, ainda não decidi isso! 
Mas enfim, 
espero que gostem. 
A próxima parte demorará um pouco a sair, 
pois estou enfrentando as provas finais na escola, rs, 
Um ótimo final de semana a todos, 
beijos,
J. R. 


4 comentários:

  1. Uhuuuuuuuuu, adorei*-----*
    Como assim não decidiu ainda qual "criatura" eles serão? Mas essa criatura será tipo bruxo, vampiro, fada, etc?
    Acho que terei q esperar um bom tempo pelo próximo capítulo, kkkkkk
    Mas boa sorte nas provas, entendo perfeitamente isso...
    beiiiijoooooooooooooos

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    1. Sim, eu terei que escolher uma criatura mítica, ou inventar uma, se minha criatividade permitir, rs.
      Obrigada querida, precisarei de muita sorte mesmo, rs,

      beijos,

      Juliana.

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  2. Voce se expressa muito bem .. Parabéns!

    http://enfimos18.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada pela visita e coment Alana*---*

      Beijos,

      Juliana Rodrigues.

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