"- Você sente? - ela arqueou a sobrancelha, olhando desconfiada para mim.
- Sim. No meu íntimo eu sei que é uma ideia ruim e precipitada, mas eu preciso fazer isso. Preciso vem Brittany uma última vez. Mesmo que ela tenha sido tão ruim comigo."
Capítulo 2 - Uma noite no cemitério - Parte 4
- Você tem certeza de que deseja mesmo
fazer isso? – Catherine perguntou, franzindo o cenho para mim.
Eu acabara com as perspectivas dela
estragando o nosso dia de “dupla dinâmica”, sem namorado, ou qualquer outra
amiga, mas eu tinha que fazer aquilo.
Nós adentramos o cemitério. Do lado esquerdo, várias árvores secas formavam um trilha, mas eu ainda podia ver túmulos infantis e várias pessoas levando vasos de flores para seus parentes.
Até que o cemitério estava bem cheio para uma tarde
de domingo.
- Fique sempre ao meu lado, ok? –
Catherine falou, como se fosse minha mãe.
- Claro, onde mais eu iria? – respondi,
levantando os braços.
Ela nada respondeu, e continuamos
caminhando em direção à pequena capela, onde o corpo estava sendo velado.
A capela havia sido decorada com flores
brancas, que me pareciam bem murchas. Duas lamparinas com velas quase ao fim
pendiam na entrada.
A famílias inteira dela estava ali,
pelo menos foi o que me pareceu. Amigas da escola e o namorado dela estavam
sentados em banquinhos, desconsolados.
Os pais dela estavam com as cabeças
baixas, parecendo admirar o piso, e abraçados um ao outro.
Eu realmente não seria a assassina, nem
mesmo se eu quisesse, pois destruir uma família, mesmo sendo da minha pior
inimiga, não era uma atitude que combinava comigo.
- Ei, o que ELA está fazendo aqui? –
gritou Emma, uma das amigas da patricinha, apontando com o dedo indicador em
minha direção.
Os pais de Brittany levantaram suas
cabeças e fixaram os olhos em mim, e esse gesto foi repetido por todos os
presentes que ali estavam.
- Algum problema, Emma? – perguntou o
pai de Brittany, cujo nome sempre me fugia da mente.
- Foi ELA que matou sua filha.
- Você não pode acusar assim, Emma! –
exclamou Catherine, proferindo aquele nome como se tivesse nojo. – Natalie passou
a noite toda ao lado de meu cunhado. Ela não poderia ter feito isso.
- Mas nós temos provas.
- E que provas são essas? – perguntei,
não contendo minha curiosidade.
- Todos os banheiros têm câmeras. Claro
que não dentro das cabines, pois isso seria nojento. – disse Emma, franzindo o
lábio pra o canto esquerdo. – Mas o fato é que tudo o que aconteceu nós
veremos.
- Que ótimo! – exclamei, mas eu senti
que aquela não era uma boa ideia.
"E se descobrirem sobre a mascarada?"
- Com medo, Natalie? – perguntou uma
outra amiga de Brittany.
- Nem um pouco. Aliás, será um grande
alívio quando eu puder ser inocentada. - Dizendo isso, me virei.
- Onde você vai? – Catherine perguntou,
segurando em meus braços.
- Preciso andar um pouco! – exclamei,
desvencilhando-me de seu braço.
- Quer que eu vá com você?
- Não! Eu preciso de um momento
sozinha.
Perto da capela tinha uma pequena
trilha, toda decorada com orquídeas.
Seria romântico se não fosse dentro de
um cemitério.
Segui pela trilha, onde alguns casais
passeavam de mãos dadas e outras pessoas chorosas sentadas em bancos eram
amparadas por algum parente ou amigo.
Eu sabia muito bem como era aquela dor da perda.
Decidi mudar de trilha. Um cruzeiro enorme onde algumas pessoas acendiam velas para algum parente ou amigo. Parei ali por um segundo, refletindo, logo em seguida, segui por um caminho mal-iluminado onde
ninguém estava passando. Eu precisava de um momento sozinha.
Aquela trilha parecia não ser cuidada
há muito tempo, pois os galhos estavam secos e muitas folhas estavam jogadas no
chão, algo não muito normal para a época do ano que estamos. Senti um som de
folha se quebrando e parei abruptamente, olhando para o chão.
Onde eu me encontrava não tinham muitas
folhas, mas eu sabia que o som tinha vindo de trás.
Virei
me, mas não encontrei ninguém, nem humano ou um animal qualquer.
Retomei
minha posição, e continuei caminhando.
Já
estava quase chegando ao fim. Árvores imensas cobriam o restante da estrada,
por isso não pude continuar.
Virei
me para ir embora, mas meu coração teve um sobressalto.
Próximo
à uma árvore que eu acabara de passar eu vira uma mão feminina. Um rosto
curioso olhava-me fixamente.
A
menina tinha uma grande cicatriz, e em parte do seu rosto era coberto por uma
máscara.
Era
aquela garota novamente.
Fiquei
feliz por vê-la, embora receosa.
Feliz
pois agora eu tinha a prova de que ela não era apenas um invenção de minha
cabeça, mas uma pessoa real.
Receosa,
pois da última vez que eu vira, fui incriminada de um assassinato o qual eu não
havia cometido.
***
-
Ei, você! – chamei-a, na intenção de que dessa vez ela falasse comigo. – Você
entende a minha língua?
Eu
percebi um leve assentimento em sua cabeça e suspirei aliviada.
Pelo
menos ela poderia me entender.
-
Venha para cá! – exclamei, fazendo um gesto de acolhimento com as mãos.
Ela
continuou olhando-me fixamente, mas não se manifestou.
-
Você tem medo? – perguntei, com a sobrancelha esquerda levemente levantada.
Ela
nada me respondeu.
Eu
já estava começando a ficar entediada e brava com sua falta de atenção, mas
quando cogitei ir embora, uma voz fina e suave falou:
-
Volte às 20h00 de hoje. Nesse mesmo lugar. Sozinha.
Uuuuhuuu!!!! Eu iria te xingar muito se eu entrasse aqui e não encontrasse essa parte do capítulo (brincadeirinha, haha).
ResponderExcluirGostei muito do final: Volte 8h00, sozinha.
Ui, o que será que vai acontecer????? A mascarada revelará sua identidade, ou algo assim???
Sua leitora mais do que ansiosa (rsrs), beijooos.
Nossa, fiquei com medo agora, rsrs.
ExcluirBem, eu não poderei postar hoje, mas, sendo amanhã feriado, eu postarei todas as partes que faltam para acabar o segundo capítulo, mas só amanhã.
Beijos,
Juliana Rodrigues.
adorei, adorei, adorei.
ResponderExcluirPostaaa logo o próximo...
É a Gio de novo, beijooooooooooooss
Olá Gio, fico feliz que esteja gostando*-*
ExcluirPostarei a próxima parte em breve,
beijos,
Juliana.
Olá Juuh,
ResponderExcluirvocê havia dito que postaria hoje as partes que faltam, mas não postou #chateada.
Alguma coisa aconteceu? Você não é de faltar com o que cumpre.
Espero que poste logo, hein mocinha? Estarei de olho em... seu blog, rs,
beijoooos.
Olá Mari, então, ontem não deu mesmo para mim postar aqui. Tenho que passar tudo para o computador e depois editar. Se não me engano, ainda serão duas ou três partes.
ExcluirBeijos,
Juliana.
Aaaaah, que pena Juuu, mas eu espero que poste logo, hein?
ExcluirBeijooooooos
Claro, já comecei a passar para o computador. Eu estava enganada, só falta uma parte*-*
ExcluirBeijooos.