No capítulo anterior:
"Quando olhei para trás, o banheiro estava começando a lotar. Acho que daquele modo o banheiro ficaria mais cheio do que a pista de dança.
Respirei fundo, como se o ar pudesse me dar coragem, e de uma única vez, anunciei para as pessoas:
- Estava escrito Natalie Dolman. "
Capítulo 2 - Uma noite no cemitério - Parte 1
Capítulo 2 - Uma noite no cemitério - Parte 1
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Tem mais alguma coisa que desejaria nos contar, senhorita Dolman? - o delegado
perguntou, juntando suas mãos e lançando a mim um olhar ameaçador.
- Não! Nada. - respondi, lembrando-me subitamente de uma cena de
Harry Potter 4.
Estávamos no gabinete do delegado em pleno sábado à noite. Não
sei o que ele estava fazendo nesse horário, mas aposto que não estava
trabalhando.
Professora Martha tentou expulsar todos os alunos que tinham
entrado no banheiro do salão de festas, mas ela sozinha não conseguiria, por
isso precisou da ajuda de todos os outros professores.
Alguns pais ficaram tão horrorizados, que disseram que não
deixariam seus filhos fazerem o Ensino Médio na nossa escola. Algumas meninas
desmaiaram, outras vomitaram, mas eu não via motivos para isso, afinal, a
garota não estava ferida. Deveria ter sido envenenada, ou algo do tipo, mas
isso só saberemos quando a autópsia for feita.
Agora estávamos na delegacia, esperando alguma decisão ser
tomada.
O lugar cheirava a mofo, como se há muito tempo aquela sala não
fosse usada. Minha cidade é pacata, então é bem provável que algo não aconteça há anos.
Eu acabara de dar meu depoimento. Contei exatamente tudo o que
vira, exceto sobre a garota mascarada, claro, afinal, não acreditariam em mim e
poderiam me chamar de louca, ou algo pior.
Professora Martha estava conosco na sala do delegado, e parecia
prestes a explodir.
- Todas as provas indicam que ELA é a culpada. - professora
Martha falou ferozmente, apontando o dedo indicador na minha direção.
Que ela não gostava de mim, bem, isso não era novidade alguma
para ninguém, afinal, era difícil encontrar pessoas que realmente simpatizassem
comigo. Diziam que eu sou o tipo de pessoa 'difícil de lidar', seja lá o que
isso signifique, mas me acusar injustamente não era uma atitude sensata.
- Ei! - exclamei, alterando meu tom de voz. - Que provas são
essas, hein?
-
Todas. – ela respondeu, bufando pelas narinas. – Você não acha muita coincidência
você ser a primeira a encontrar o corpo de uma garota com seu nome gravado no pulso
dela e...
- Talvez eu não tenha sido a primeira. - defendi, tentando
pensar racionalmente. - Outras garotas podem ter visto só não falaram, ou...
- COMO se aquele banheiro estava interditado?
- Interditado? Como assim? - perguntei, tentando me lembrar de
alguma faixa que impedisse que eu entrasse, mas não lembrei de nenhuma.
- Ora, vai me dizer que não reparou que não tinha ninguém no
banheiro quando entrou? - ela gritou comigo.
Bem, reparar, é claro que eu tinha, mas eu não poderia deixar
transparecer isso, caso contrário, estaria mais encrencada ainda.
- Bem, mas por que estava interditado?
- Mal funcionamento das descargas... Não queira mudar de
assunto. - ela bradou, balançando freneticamente seu dedo indicador para
mim. – E essa não é a única evidência. A garota encontrada é Brittany.
Meus
lábios se entreabriram.
Quase não acreditei no que acabara de ouvir.
“A
garota encontrada é Brittany.”
Sim. Minha maior rival, a garota bonita e perfeitinha, puxa saco
dos professores. Não do tipo CDF, ela está... ou estava mais
para a popular e extremamente arrogante.
- Então foi Brittany que encontraram morta? - perguntei,
demonstrando em meu tom de voz surpresa.
- E quem mais seria? - ela respondeu, ríspida.
- Eu não sei.
-
Ah, sabe sim sua criaturinha...
- Se contenha, minha senhora. - o delegado interviu. - Não pode
acusar assim a senhorita Dolman. O corpo deve ser encaminhado para um médico
legista, para que ele faça a autópsia. Enquanto o exame não for realizado, não
poderemos fazer nada contra a moça.
- Então é isso? Deixará essa pequena criminosa a solta, liberta
por aí? - ela disse, expelindo saliva no rosto do delegado.
- E o que ela pode fazer? - o delegado retrucou, limpando a
saliva que atingira em cheio sua face. - Fugir do país?
Ele soltou uma gargalhada, mas por um breve instante, considerei
aquela hipótese.
A garota morta é a pior inimiga de Natalie, o nome dela foi encontrado no pulso da menina e foi Natalie quem encontrou o corpo. Resumindo: ela está encrencada, kkkkkkkkkk
ResponderExcluirEspero ansiosamente a próxima parte, beijoooooooooooooooooooooooooooos
Talvez nem tanto, hein? kkk, a próxima parte só será postada amanhã,
Excluirbeijooos