30/10/2012

Capítulo 1 - Parte 1


1.  Desastre na formatura
19 de novembro de 2011
   Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que nunca fui o tipo de garota que se estressasse com futilidades, mas naquele momento, minha vida estava infeliz, e o motivo era banal.
   Minha ‘infelicidade’ começara com aquela chuva no final da tarde. Tudo parecia bem, eu comprara um vestido lindo para o baile de formatura. Mas a tarefa de me arrumar pareceu tão incessante e cansativa, que eu acabara dormindo.
   Quando acordei, já havia passado da hora de ir para o salão e meus avós não estavam em casa, tinham saído para um bingo no centro da cidade vizinha.
   Tudo bem que eu já havia combinado de ir com algumas amigas, mas quando telefonei para elas, já estavam lá.
   Terminei de me arrumar e peguei um ônibus o mais rápido que pude, e, em 45 minutos eu chegara ao salão. 
   Ainda chovia quando consegui chegar, embora apenas um leve chuvisco, e, para minha sorte, o salão fica próximo à rodoviária. Eu pegara um guarda-chuva qualquer e estava quase chegando ao salão de festas, quando um carro veio em minha direção...
   O resultado é que ficara toda ensopada. 
Agora eu estou tremendo de frio, minha maquiagem está borrada, meu cabelo que demorei tanto a fazer foi desfeito e meu vestido parecia que derreteria a qualquer momento. 
   Mas fora isso, estou bem, obrigada!
   Oh, desculpem-me! Acabei de perceber que esse pequeno incidente logo no início da formatura me impediu de apresentar-me formalmente.
   Meu nome é Natalie Bittencourt Dolman.
   Sim, Natalie. É uma variação francesa de Natália.
  Moro com meus avós paternos desde que me entendo por gente. Bem, talvez até antes.     
  Não sei o que aconteceu a meus pais, pois meus avós não falam deles. 
     Minha avó não parece gostar de minha mãe, ou da família dela, tanto é que ela nunca me deixou visitar meus parentes dessa parte da família. Não podem todos estarem mortos, ou serem mafiosos ou algo do tipo para que ela impeça qualquer contato com eles.
Tenho a impressão de que frequentemente eles estão escondendo a verdade de mim, só não tive ainda a felicidade de descobrir.
   Ou seria infelicidade? Não consegui decidir ainda se algum mistério em minha vida pode ser considerado bom ou ruim, embora eu tenha quase a certeza de que seria positivo.
   Claro! Eu teria algo interessante nessa minha vida monótona!
   - Natalie! – uma garota alta e loira, se aproximava de mim, para me abraçar. – Você está... – ela olhou para mim por um instante, depois concluiu. – Não fique brava comigo, mas você está horrível.
Ela disse, e eu dei de ombros.
- Relaxa! Você ganhou um ponto pela sinceridade.
   - Demoramos? – outra loira alta que se mantivera atrás da outra perguntou, olhando fixamente para mim. 
   - Não, não. Quase durmo aqui de tanto tédio, mas está tudo bem. - anunciei, sarcástica. 
   - Desculpem-nos minha querida! Sabe como é o trânsito aos sábados. Ainda mais por estar chovendo, então tivemos que encontrar um bom lugar para estacionarmos. - Catherine, a loira, avisou. – Nós ainda podemos dar um jeito em você. – ela falou para mim, e virando-se para seu namorado, falou: -  Joe, querido, pegue meu kit de emergência.   
   Eu conhecia muito bem aquele kit de emergência. Nada mais era do que uma nécessaire com muita maquiagem e uma mini chapinha, para os momentos realmente mais ‘necessitados’.
    Catherine, eu poderia dizer que é minha melhor amiga, mesmo com toda aquela futilidade, ela sabia pensar em causas sociais. Com cabelos cacheados na altura dos ombros, ela sempre está maquiada e arrumada. Seu namorado Joe faz o tipo ‘nerd descolado’, ou como eu costumo dizer, geek. Simplesmente um crânio em qualquer assunto relacionado à computação, mas um tanto arrogante.
   Deixe-me pensar...
  Ah, sim! Ainda não apresentei minha outra amiga e seu namorado.
   A outra loira. Não posso considerar ela minha 'amiga'. Acho que nossa relação está mais para 'colegas', pois ela não parece gostar muito de mim. Talvez tenha que me aturar pelo simples fato de sua melhor amiga me considerar como uma irmã. Seu nome é Cáthia. Seu namorado, que me olhava pasmo,  como se eu fosse alguma maníaca, ou assassina de filme te terror,  chama-se David.
   As duas terminaram de arrumar meu cabelo e tentaram 'dar um jeito' na minha maquiagem.
   - Podemos ir para o baile? - Catherine perguntou, e lançou um olhar de cumplicidade para Cáthia. - Temos uma surpresa para você.
   Pelo tom delas podia muito bem imaginar qual era a surpresa, e eu tinha quase a absoluta certeza de que não seria agradável... novamente. 
******
Espero que gostem, 
postarei a próxima parte em breve. 
Beijos,

Juliana Rodrigues

9 comentários:

  1. Adorei a primeira parte vou continuar acompanhando muito interessante seu livro, os personagens, é meu estilo de leitura, parabens... Se quiser Conheça meu livro A PEDRA RUBRA http://tevinumsonholuiza.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada Anônimo*-* Fico feliz que tenha gostado da primeira parte. Se não me engano, eu já tinha visto um link seu na Todateen, no blog Ler é tudo de bom, mas não tenho certeza.
      Se tiver alguma crítica, será super bem-vinda,

      beijos,

      Juliana Rodrigues.

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  2. Huuuuuuuuum, uma surpresa, hein? A-do-ro surpresas. O que será essa?
    Posta logo a segunda parte,
    bjoooooos.

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    1. Olá Mari, eu também adoro surpresas. Bem, em breve estarei postando aqui. Eu postaria hoje mesmo, mas enho lição para fazer. Eu já escrevi até o 3º capítulo, só falta revisar mesmo.

      Beijos.

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  3. Olá Juliana, Tudo bem?
    gosto da tua escrita, muito bacana!
    Amo escrever, e quem sabe você pode me dar algumas dicas!
    vou acompanhar a historinha!!!
    Bejão

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    1. Oi Anônimo! Tudo bem sim, e contigo?
      Muito obrigada pelo comentário e elogio*-*
      Claro que posso te dar dicas, no que precisar, estarei a disposição para isso, hehe,

      beijos.

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  4. Oi Ju! (Se é que posso te chamar assim...)
    Amei a primeira parte, achei sua escrita bastante tranquila de ler, quero dizer, de fácil entendimento, e a história chama a gente pra dentro do livro, não tem como evitar.
    Esses tipos de livros (no forma de diário) são bem mais interessantes, apesar de já ter llido vários pelos quais não me interessei. Mas a história, o mistério por trás desse capítulo ( e do prólogo também, devo dizer) é indescritível, você escreve realmente muito bem.
    Agora vamos as críticas. MENTIRA, NÃO TEM CRÍTICA NENHUMA! HEHE
    OK, agora, posso pedir umas dicas?
    A história do meu livro é mais ou menos assim:
    Marina, a menina nova no colégio, nerd, tem dificuldades em se enturmar. Mas em uma festa, conhece Carlos, o cowboy da escola, totalmente diferente da ideia dela de amor da sua vida. Marina se apaixona imediata e perdidamente por Carlos, que corresponde esse sentimento. Juntos, eles viverão os desafios de um amor proibido, (porque a mãe de Marina não aprova esse relacionamento) até a descoberta de que a morte também não é favor do namoro de Marina e Carlos.
    UUUUUUUUUUUUUH, que tenso hein?!
    Só preciso de um começo. Pode me dar um help? Obrigada!
    Beijos literários!

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    1. Oii Mari! Claro que pode me chamar de Ju, kk.
      Muito obrigada por todos os elogios, é muito importante para mim <3
      Posso te ajudar naquilo que for possível, hehe.
      Quer trocar e-mails ou pode ser aqui mesmo?

      É que por e-mail, acredito que posso te ajudar bem mais *-*


      Beijos.

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